comida
ROCKWATTLET'S ROCK

comida

Angry Box. As pizzas ao estilo de Detroit chegaram ao Porto com combinações invulgares

A pizzaria abriu em setembro e tem propostas feitas com massa que é fermentada durante dois dias.

Quando nos falam de programadores informáticos, imaginamos alguém intelectual que vive numa cave, rodeado de caixas de fast food. A culpa será das séries e filmes que retratara os profissionais desta maneira. Mas na vida real não é bem assim. Raul Afonso, por exemplo, divide o tempo entre o computador e o forno da pizzaria que abriu em Gaia, onde há apenas uma especialidade: pizzas à moda de Detroit.

O brasileiro, de 28 anos, deixou o Recife no Brasil a convite de uma empresa portuguesa que o contratou com programador. Vive em Gaia há três anos e há uns meses percebeu que tinha reunido as conduções necessárias para investir num sonho antigo: um restaurante. O Angry Box foi inaugurada em setembro.

Para Raul, a cozinha veio muito antes da informática. Em miúdo, começou a interessar-se por perceber como é que determinada especialidade era feita. Investigou técnicas e ingredientes a fundo e transformou o gosto pelas massas e pães num hobby. “Há um par de anos cruzei-me com um vídeo sobre uma pizza ao estilo Detroit e fiquei curioso. Pesquisei muito para perceber as diferenças e comecei a recriar a receita em casa”, explica à NiT.

Raul nunca esteve em Detroit, mas ficou fascinado com a preparação da massa, que fica a fermentar durante 24 horas e a borda é recheada com queijo caramelizado. “Nunca tinha experimentado nada assim. Quando cheguei ao ponto que considerei incrível, comecei a testar recheios e decidi que seria o produto estrela do meu espaço. Como vi que em Portugal não existia nada do género, decidi avançar”, diz.

Em vez de um dia a levedar, a massa que usa nas pizzas da Angry Box ficam dois dias a descansar. O resultado é uma “massa leve, airada e fofinha”. Depois de acertar na base, só teve de começar a pensar nos recheios”. “Os clássicos não podiam faltar, mas depois decidi incluir outros ingredientes que adoro, como o molho de trufas e uma combinação que me lembra a minha infância de camarão, abacaxi e bacon”, refere.

Os ingredientes, como o molho de tomate e as farinhas, chegam de Itália, enquanto os frescos são comprados nos mercados próximos. “A qualidade era fundamental, porque pizzas há muitas. Além dos ingredientes, também fazemos os molhos cá e isto é o que faz a diferença”, refere.

No menu do Angry Box há 11 opções, que vão das salgadas, às especiais e terminam com as doces — todas elas estão disponíveis no tamanho individual e familiar. No primeiro grupo, que pode servir de entradas se estiverem a jantar com amigos, há a de tomate e pesto, a de creme de alho gratinado, a de trufas e cogumelos e outra de atum. Custam todas 8,90€ na versão mais pequena e 16,90€ na maior.

Há quatro propostas especiais. A mais pedida junta mel e pepperoni, que Raul admite que é “uma mistura de agridoce, com o crocante do enchido”. Os fãs de queijo têm a clássica de quatro queijos ou a de frango e queijo que tem fatias de cheddar até às bordas. Por último há a de mozzarella, com cheddar, camarão e ananás. Esta versão é finalizada com mel e salsa. As pizzas custam 10,90€ na proposta individual e 19,90€ na familiar.

No final, há pizzas doces para sobremesa. Em homenagem às raízes brasileira, Raul criou uma opção feita com brigadeiro, outra com doce de leite e banana e uma de brigadeiro de Oreo e filiada com a bolacha.

O espaço tem capacidade para 20 pessoas e foi pensada para que tivesse um ambiente mais intimista, com luz baixa e música de fundo que é alterada consoante o mood. Raul divide o seu tempo entre a programação e a pizzaria e não podia estar “mais concretizado”.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Rua dos Caldeireiros, 186
    4050-141 Baixa
  • HORÁRIO
  • Segunda a sexta das 18h às 23h
  • Sábado e domingo das 12h às 23h
PREÇO MÉDIO
?
TIPO DE COMIDA
Pizzaria

ARTIGOS RECOMENDADOS