Apenas dois anos após a abertura no Largo de São Domingos, o Cozinha das Flores já é um dos nomes incontornáveis da restauração portuense. Sob a orientação do chef Nuno Mendes, a sua cozinha destaca-se pela combinação entre a tradição dos sabores do norte com novas interpretações.
Apesar de estar inserido no projeto The Largo, uma unidade hoteleira com 18 quartos, o Cozinha das Flores abre-se para a rua e para todos os que queiram entrar porta adentro. O espaço tinha apenas um ano quando foi eleito como o Melhor Restaurante nos Prémios NiT 2024. Recentemente, voltou a ser destacado no top 10 dos prémios Mesa Marcada 2024.
“É com muito orgulho e entusiasmo que recebemos as distinções e vemo-las como um reconhecimento significativo da qualidade, inovação e esforço constantes, principalmente no cenário gastronómico português e do norte. Se em 2023 ficámos naturalmente satisfeitos com outros prémios mais relacionados com Nova Abertura – que são uma consequência de um hype criado por um projeto novo – conseguir manter a consistência e o reconhecimento no ano seguinte é sem dúvida o que queremos sentir no final de mais um ano de trabalho e dedicação”, adianta Verena Fiori, general manager do The Largo.
Uma das grandes impulsionadoras para tanta distinção é, sem dúvida, uma das entradas que pode encontrar no Cozinha das Flores. O pastel de nata de nabos com caviar (9€) é um prato inovador e um dos bestsellers, razão pela qual nunca sai da carta, apesar das constantes mudanças sazonais. Mas há sucessos que provaram o seu valor e valem a pena ser mantidos todo o ano. É o caso da lula gigante dos Açores com estufado de grão-de-bico e sames (16€), que demonstra como se mantém os sabores tradicionais da região, mesmo indo buscar produtos a outros locais do País.

Há ainda que destacar mais duas opções a não perder numa refeição principal: o arroz do Sado com lavagante azul de Matosinhos (90€), que é ideal para partilhar, e a presa de porco alentejano com sarrabulho e brassicas grelhadas (34€), que combina a carne do porco alentejano com ingredientes típicos da região que vão alternando conforme a estação.
A par da carta, há também quem procure este espaço pela iniciativa Tacho do Mês, que oferece uma refeição de tacho tipicamente portuguesa, servida exclusivamente ao almoço. O preço por dois pratos é de 29€ e por três 35€.
Quem tem coragem para beber um cocktail com bacalhau?
A irreverência é uma característica indispensável a qualquer bar que sirva cocktails. E se no Cozinha das Flores os produtos portugueses são indispensáveis, no bar do The Largo, o Flôr, o mesmo se passa. Até o bacalhau tem lugar na carta.
É que é mesmo o aroma desse peixe que se pode sentir no cocktail Clichéd. “Este cocktail utiliza gin, bacalhau, coentros e amaranto, numa homenagem ao bacalhau, um dos pratos mais icónicos de Portugal. Para esta inusitada bebida, é extraído através de uma rotovap, criando uma destilação que lembra o sabor do mar, com um toque salgado e refrescante”, explica-nos a responsável.
Para quem não está preparado para arriscar assim tanto, há opções igualmente originais mas com sabores mais comuns. Exemplo disso é a novidade da carta, o Whisp (12€), feito com vodka, kiwi, lima kaffir e gengibre, perfeito para quem prefere sabores frescos e cítricos. Numa mistura entre sabores internacionais, surge o Fusão (12€), com cachaça brasileira, vinho alvarinho português e o yuzo japonês.
É esta originalidade, a par do espaço moderno, que valeu ao Flôr a distinção de Melhor Bar de Restaurante dos Prémios Mesa Marcada 2024. “Vamos sentido todos os dias o feedback de quem nos visita e a satisfação da nossa equipa e dos nossos clientes, mas sabe sempre bem o reconhecimento dos nossos pares e nunca é demais olhar em frente e perceber que o caminho que vamos traçando é o certo. Os prémios consolidam a reputação dos espaços e são sem dúvida uma plataforma de desenvolvimento. Fortalecem a nossa presença e têm impacto nela, além de incentivarem à inovação contínua. O futuro só pode reservar coisas boas”, acrescenta Verena Fiori.
Mas o melhor é que o Flôr é muito mais do que um bar para um copo ao final da tarde ou depois do jantar. Inserido no conceito de hospitalidade do The Largo, funciona durante todo o dia. De manhã há pastelaria e café de especialidade para desfrutar de um início de dia calmo — esteja ou não hospedado no hotel. Depois, há petiscos como queijos naturais, tostas de tártaro de vaca maturada ou uma versão vegetariana da sandwich Reuben — isto tudo e muitas mais opções, sempre disponíveis entre as 10 e as 22 horas.
Um convite constante para descobrir o Porto
Formando um conjunto coeso e inovador com o The Largo, todos os espaços operam de forma independente e mesmo o restaurante e o bar estão abertos tanto para os hóspedes do hotel como para qualquer visitante, turista ou local.
Esta era exatamente a ideia inicial dos dois amigos dinamarqueses, Per e Steen, que tinham um visão muito própria e a visão para este projeto de ter como missão “gerar uma conexão genuína entre o visitante e o local, com um grande cuidado nos detalhes, sempre promovendo a interação com a comunidade local”.
A dar continuidade a essa ideia, chega agora o projeto “Porto Unknown”, um programa anual dedicado a explorar a tradição, a história e a arte da cidade.
O primeiro capítulo, “Camélias em Flor” acontece já a 22 de março e celebra o Porto como Cidade das Camélias, homenageando estas flores icónicas com uma experiência artística e gastronómica imersiva. O evento vai contar com um concerto da harpista Beatriz Cortesão, uma instalação artística exclusiva e um jantar exclusivo no terraço, idealizado pelo chef Nuno Mendes no espaço mais resguardado do The Largo, com vistas panorâmicas sobre a cidade.
Carregue na galeria para conhecer melhor estes três espaços.