É normal chegar ao fim de semana e ter aquela vontade de comer um bom churrasco, seja para assinalar uma data especial ou simplesmente estarmos com quem gostamos. O Brasil foi dos primeiros países a receber esta refeição de partilha, por volta do século XVII, graças aos Setes Povos das Missões, sociedade fundada por jesuítas no Rio Grande que tinham como objetivo evangelizar os indígenas.
Os rebanhos criados por eles, sem dono após a guerra, “conquistaram” a área e multiplicaram-se, tornando-se uma riqueza para ser aproveitada na região. Por consequência, começaram a ser caçados, tornando-se a refeição básica dos locais, que consistia numa fatia de carne fresca, que era assada no calor do fogo e temperada com um punhado de cinzas.
Contudo, o churrasco nem sempre foi tão tradicional como é nos dias de hoje. Demorou algum tempo até se tornar um prato da alta gastronomia, consumido nos principais restaurantes daquele país e um pouco por todo o mundo. Atualmente, é sinónimo de convívio com familiares e amigos.
Com o propósito de continuar a promover os momentos de partilha à mesa, Felipe Dias, 55, e Michele Ruaro, 48, juntaram-se e abriram o Na Brasa, no passado dia 15 de abril, na Boavista. Felipe é formado em gestão, já Michele é engenheira civil. Naturais do sul do Brasil, ambos trabalhavam nas suas áreas de formação. Em 2018 decidiram fazer uma nova vida em Portugal.
“No nosso planeamento para a mudança, explorámos as oportunidades de negócios por cá. Optámos pela área da restauração, pois aliava nosso interesse pessoal e as oportunidades que se mostravam positivas, principalmente com o crescimento do turismo”, começa por contar o casal à NiP.
Devido à inexperiência de Felipe e Michele, optaram por uma franquia de uma marca espanhola de hambúrgueres e abriram em fevereiro de 2019. A pandemia e os elevados custos dos produtos, levaram-nos a encerrar o projeto e adaptar o espaço para um novo negócio.
“Adaptámos o espaço que antigamente abrigava a franquia de hambúrgueres e transformamo-lo num restaurante e churrasqueira. Procurámos uma união entre a culinária brasileira e portuguesa”, acrescentam.
O objetivo do Na Brasa é oferecer um mix de carnes com bons acompanhamentos e alguns outros pratos da culinária portuguesa, num espaço amplo, com dois andares, em tons claros e com boa iluminação. O restaurante conta com 90 lugares, mais uma esplanada, o que permite conforto e uma boa experiência durante a refeição.
Os cortes da carne são sempre frescos, preparados ao momento, aliados com preços justos e amigos da carteira, para todo tipo de famílias. A nova churrasqueira da cidade conta com música ambiente, televisão e ainda máquinas de jogos Arcade.
Os destaques da carne vão para os cortes na brasa, como espetada de maminha, coxas de frango, cachaço de porco, picanha, t-bone, tomahawk e costeletão. Poderá ainda grelhar uma espetada de lulas e gambas. Há ainda pratos tradicionais da região como a francesinha e o polvo. Os preços dos pratos variam entre os 16€ e os 43€.
Nos cortes de carne pode ainda pedir extra cobertura de queijo (2,50€) ou extra cobertura de azeite com alho (1,50€). Para acompanhar tem guarnições como bufete de salada, arroz branco ou com feijão preto, banana frita panada, ovo estrelado, mix de legumes, batata frita ou rústica ou abacaxi grelhado com canela, entre os 1,50€ e os 4€.
Se ficou curioso, carregue na galeria para conhecer o espaço e as suas propostas. A estação de metro de Casa da Música fica próxima do Na Brasa.