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Maria Morcona: o novo espaço onde vai querer petiscar este outono

O restaurante abriu a 1 de setembro e faz lembrar as casas das avós, onde todos se sentem confortáveis.
A comida é típica portuguesa.

Pratos desirmanados na mesa, recordações de louça nas paredes, quadros típicos portugueses, bicicletas antigas e artesanato típico do Porto ou do País. A descrição poderia ser de qualquer casa de avó, mas não, estamos a falar do Maria Morcona, o novo restaurante da Baixa do Porto.

Aberto desde 1 de setembro, este espaço surgiu como uma casualidade e tem como objetivo principal fazer com que os clientes se sintam bem e como em casa. Para isso, o segredo passa por juntar o ambiente, a decoração, o serviço e, claro, a comida.

“Já tive um, que era o Copos e Cusquices, na Rua do Almada, onde o conceito era essencialmente o mesmo. Na altura da pandemia acabámos por vender o espaço — eu e outro sócio — e fiquei com pena de deixar de tê-lo. Não estava propriamente à procura, mas surgiu a oportunidade de ficar com este espaço, achei que era o ideal para continuar o conceito que tinha”, começa por explicar à New in Porto uma das sócias, Alexandra Portugal.

Com a ajuda do irmão, Pedro Portugal, e da amiga, Dina Reis, os três arrancaram com o projeto. Embora Alexandra tenha tido um restaurante antes, a sua formação vem da área da comunicação. O irmão, por sua vez, é diretor de um hotel e está em Angola. Para Dina, formada em Engenharia Informática mas a trabalhar mais ligada à gestão nos últimos anos, ter um negócio na área da restauração era um sonho antigo que agora se concretiza.

“A ideia surgiu pela Alexandra e o irmão porque eles chamavam-se morcões um ao outro e acabou por surgir este nome, que achámos que era muito apelativo aqui para a zona do Porto e um nome que ficava no ouvido”, conta Dina para justificar a origem do Maria Morcona.

Dentro das expectativas que tinham, esta abertura está a correr bem e a receber um bom feedback dos clientes. Embora tenham preferido não fazer grandes anúncios da abertura para consolidar a casa e ir “passo a passo”, a verdade é que têm tido o espaço cheio em várias ocasiões.

Em relação aos pratos, o mais pedido é a costelinha da Sofia (7,50€), costelinhas estufadas a baixa temperatura com influência asiática. Entre os mais vendidos estão ainda os preguinhos à Morcona (7,50€), com um toque sul-americano, os folhados de queijo (5,50€) e o camembert no forno (6€).

Ao olhar para a carta vai logo perceber que as diferentes secções em que se divide têm nomes muito portuenses e adequados ao momento da refeição a que se destinam. Nas entradas — ou para ferrar o jeco — há opções como bola de carne (3€) ou paté de atum (1€). Quem preferir tábuas de queijos ou enchidos — as palmatórias —, tem disponíveis as versões de queijo (9€), de enchidos (9€) e mista (15,50€).

Entre os petiscos para picar — p’ro cumbíbio — há a famosa tralheira (6€), que combina alheira, espinafres e ovos de codorniz; pataniscas (5€); os morcõezinhos (5€), que são uma espécie de pipocas de lombo de porco; cogumelos à bulhão pato (5,50€); ou até mexilhões à stranja (8€); sem esquecer a recém chegada Mariazinha (6,50€), que é uma mini francesinha. Quem gostar de algo um pouco mais composto, há uma secção de pratos para partilhar como bacalhau com broa (13€), arroz de costelinhas (10,50€) ou posta à mirandesa (12,50€).

No campo das sobremesas há mousse de manga (3€), pudim abade de Priscos (4,50€) e banoffee (3€), mas a grande especialidade é a bombocona (4€). Este doce foi criado por Dina, que embora não tenha passado a infância em Portugal, sempre ouviu os primos e amigos a falar sobre as bombocas e por isso decidiu conceber a bomboca da Maria Morcona.

As bebidas são outro dos pontos fortes da casa e, por isso, a secção sem álcool é “p’ros morcões” e a de bebidas espirituosas “p’ros de pêlo na benta”. Entre os vinhos há opções do Douro e do Alentejo, sendo que o vinho da casa é o Caiado. Quem quiser algo “p’ra arreganhar a tacha” tem sangria (desde 3€ o copo ou 9€ o jarro de litro) e “p’ros carapaus de corrida” há cocktails com sabores típicos do Porto como o Bailarico (7€), o Maria Morcona (7€) ou o Porto Negroni (7€).

Diariamente vai passar a haver também algum prato especial preparado pelo chef, que gosta de surpreender os clientes. Para quem fica indeciso sobre o que provar, foram criados ainda dois menus de degustação (22€ cada) com alguns dos petiscos mais famosos da casa.

Entre os próximos passos a dar, o primeiro será abrir também ao almoço, uma vez que neste início o espaço funciona apenas a partir das 16 horas, a tempo de os clientes aproveitarem um pouco a esplanada das traseiras. “A longo prazo, o ideal seria abrir um segundo restaurante”, remata Dina.

Quem manda nisto tudo?

Nome: Alexandra Portugal/Pedro Portugal/Dina Reis
Idade: 47/51/47
Prato favorito: Mariazinha/Preguinhos/Costelinha da Sofia
Guilty pleasure: Papas de sarrabulho/Ovos escalfados com ervilhas/Panados com arroz de feijão
Convença-nos a visitar o espaço: “Temos a garantia de passar uma boa tarde ou noite, vão sentir-se como em casa porque este é também um espaço de encontro.”

Carregue na galeria para ficar a conhecer mais detalhes do Maria Morcona.

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FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Rua dos Bragas, 92
    4050-122 Porto
  • HORÁRIO
  • De terça a quinta-feira das 16h às 23h
  • Sexta-feira e sábado das 16h às 00h
  • Fecha ao domingo e segunda-feira
PREÇO MÉDIO
Menos de 10€
TIPO DE COMIDA
Petiscos

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