Quantas vezes já pesquisou na Internet receitas de cocktails para surpreender os amigos num jantar lá em casa? Provavelmente, algumas, até porque os cocktails começam a ser mais apreciados e existem alguns clássicos que ficam bem em qualquer sunset.
O problema dos cocktails é que exigem algum conhecimento prévio ou, pelo menos, saber fazer uma ou duas receitas — sejam elas mais simples ou elaboradas. Não é exatamente o mesmo que abrir uma garrafa de cerveja ou até escolher um bom vinho.
Para que não passe vergonhas quando convidar os amigos para o próximo jantar e passe até a ser o rei da festa, há um bar no Porto onde pode aprender a fazer cocktails. Trata-se do bar do Gallery Hostel, na Rua Miguel Bombarda, que disponibiliza workshops de cocktails nas tardes de quinta-feira e de sábado.
O programa é livre e pode participar tanto sozinho como em grupo. Embora não seja necessário fazer uma reserva, pode sempre fazê-lo para garantir que tem o seu lugar marcado. As aulas são dadas por experientes bartenders e mixologistas e adaptam-se às necessidades dos clientes. Para perceber melhor o que esperar destes workshops, a New in Porto foi experimentar.
Ao chegar, fomos recebidos por Brás Firmino, o autor do atual menu de cocktails do espaço. O mixologista é um dos participantes do concurso World Class deste ano, que é considerada a maior competição mundial de cocktails e bares.
“Os clientes podem escolher aprender um cocktail clássico, um dos cocktails de autor da carta ou até uma criação à sua medida. Desde que tenha os ingredientes, tudo é possível”, explica à New in Porto Brás Firmino.
Escolhemos um dos cocktails de autor criados pelo especialista e que, no caso, está relacionado com a arte e com a pintura. Inspirado no quadro “A Persistência da Memória”, de Salvador Dalí, apresenta uma tonalidade alaranjada e aproveita as rodelas de lima de decoração para lembrar os relógios da própria pintura.
Brás Firmino começou por ensinar-nos o processo para fazer o cocktail, desde gelar o copo até aos detalhes da decoração. Entre os ingredientes deste cocktail há sumo de lima, tequila, um cordial de abóbora e cenoura e flor de sal com chili para decorar o rebordo do copo e dar à bebida um toque salgado e picante. Depois é só agitar os ingredientes no shaker e colocar no copo.
Tudo isto parece simples — até porque não queremos fazer muito spoiler da experiência —, mas o verdadeiro desafio chega quando somos nós a passar para trás do balcão. É neste momento em que parece que afinal não fixámos bem os passos necessários e já nem sabemos bem a ordem dos ingredientes. Não se preocupe, é para isso que estão aqui os profissionais experientes, para ajudar.
Depois de algumas dicas, terminámos o cocktail e podemos dizer que o resultado foi em tudo semelhante à primeira bebida servida por Brás Firmino. “Arte que se pode beber”, como descrevem os responsáveis do bar.
Aqui ficamos a saber mais do que apenas fazer um cocktail. A conversa pode fluir conforme os clientes e daí derivar para alguns truques e dicas sobre formas de execução das bebidas ou até onde encontrar alguns dos ingredientes. Tudo vai depender da curiosidade de cada um.
Entre os cocktails mais pedidos está o clássico mojito, mas os clientes que experimentam as opções exclusivas da carta, dizem, ficam mais satisfeitos com essas do que com as apostas seguras dos clássicos. Quem quiser aprender mais do que um cocktail, também pode fazê-lo, especialmente se for em grupo, por exemplo.
Estes workshops de cocktails não têm um custo, paga apenas o cocktail de demonstração (desde 7€) e depois pode beber esse e o que fizer igual. As sessões decorrem às quintas-feiras e sábados entre as 16 e as 19 horas.
Para acompanhar os cocktails, o Gallery Hostel tem sempre um conjunto de atividades em que pode participar como happy hours, encontros de hóspedes e locais e várias exposições de arte para visitar. Todas as informações estão disponíveis no site do hostel.
Carregue na galeria para descobrir mais detalhes sobre os cocktails e o espaço.
