A época mais especial do ano está prestes a chegar e, com o Natal e a Passagem de Ano, os dias e agendas ficam preenchidos de jantares e festas com amigos e família. Uma das bebidas características destas festividades é o espumante.
Alguns especialistas consideram que o fator histórico do espumante como sendo uma bebida obrigatória nas celebrações da nobreza europeia e a sua própria composição, que se adapta mais facilmente em qualquer paladar, é o que o torna uma bebida tão popular nestas datas.
Se já começou a tirar itens da lista de compras para os jantares de Natal que vai fazer em casa ou quer oferecer uma garrafa a alguém especial, temos boas notícias. A pouco mais de uma hora do Porto foi produzida uma referência especial, lançada ao mercado na passada sexta-feira, 8 de novembro.
Falamos do espumante Éclat Quanta Terra, da quinta localizada em Alijó, no Douro, com o mesmo nome. O lançamento coincide com a celebração dos 25 anos de existência da quinta, gerida pela dupla de enólogos Celso Pereira e Jorge Alves. “Esta referência foi, desde logo, projetada para ser o motivo da celebração do quarto de século da marca e é um espumante que, certamente, combina com festa”, começam por contar os enólogos à NiP.
O espumante é originário de vinhas do planalto de Alijó, com um terroir “muito vincado, pensados, guardados e preservados, com paciência”. Trata-se do primeiro espumante na região do Douro a ser feito a partir da casta Pinot Noir. É de cor citrina — aspeto pouco esperado para um espumante de Pinot Noir.
Tem grande potencial de evolução no copo, com aromas de nêspera, caroço de cereja e pimenta rosa. Na boca é seco e firme, fino e cremoso, com bolha persistente e muita classe.
O vinho é de maturação mais longa, tendo passado por 48 meses de estágio. Foi engarrafado em 2020 e, segundo os enólogos, é uma proposta que promete “surpreender” pelo seu grande filtro de terroir. Combina muito bem com ostras, salmão fumado, bife de lombo e chocolate amargo.
“Pode e deve ser bebido já. Mas é também um vinho com grande potencial para maturação. Isto é, podem guardá-lo durante dez anos que vai evoluir linda e positivamente”, sublinham. A garrafa é uma edição limitada da marca, sendo que apenas vão ser lançadas no mercado 1.700 garrafas, a 50€ cada.
Para a dupla, o desafio não é só continuar a fidelizar os portugueses com o lançamento de novas referências. Até ao início do próximo ano, pretendem conquistar com vinhos “extraordinários e fora da caixa”, o mercado brasileiro e americano, onde estão a dar os primeiros passos.
O espaço Quanta Terra, casa mãe dos vinhos da marca, é uma antiga destilaria com 90 anos, situada na região do Douro. É preservada, sobretudo, no que concerne às antigas cubas de armazenamento de aguardente, pela mão do arquiteto Carlos Santelmo, e ergue-se na paisagem de Favaios, em Alijó.
Em 2015, Celso e Jorge compraram esta destilaria para concretizar um objetivo antigo: fundir o vinho com a arte. Depois de terem recuperado o espaço da antiga destilaria pertencente à Casa do Douro, receberam entre março e outubro de 2022, uma exposição de Joana Vasconcelos. Em 2023, foi a vez da mostra da artista plástica Leni Van Lopik.
“Fazer vinho é uma arte, então quem diz que a arte e o vinho não podem coexistir no mesmo espaço? Acreditamos de olhos fechados que a arte é uma grande impulsionadora da região do Douro — para além do vinho — e é algo que ficou comprovado nas nossas exposições. Foi uma mais-valia enorme para o turismo da região”, defendem os responsáveis.
Até 15 de dezembro, a Quanta Terra acolhe a exposição “Técnica Ancestral”, com curadoria da plataforma cultural Underdogs. A mostra inclui obras de arte de artistas portugueses e estrangeiros, entre os quais Alexandre Farto, conhecido como Vhils, AkaCorleone, Pedrita Studio, PichiAvo, Raquel Belli e Vasco Maio. As obras encontram-se à venda.
“Tal como a produção de vinhos, a manifestação artística dos seres humanos também está presente desde os primórdios da sua existência. Nas duas áreas, recorde-se, a referência a métodos e períodos clássicos é constante. Por isso, nesta exposição selecionámos obras e artistas que fazem referência ao passado, tanto na técnica como no conteúdo das obras. Eles revisitam essas referências e contextualizam-na no mundo atual”, explica a curadora da exposição.
A mostra está espalhada pelos vários espaços da antiga destilaria da Casa do Douro que, em 2022, se transformou em Adega, permitindo, desta forma, uma harmonia perfeita entre a arte e a viticultura, sob a paisagem idílica dos socalcos do Alto Douro Vinhateiro, classificado como Património Mundial da UNESCO.
“É fulcral este investimento em territórios de baixa densidade. O vinho é um dos principais motores da economia nacional e, aliado à cultura, ganha uma força imensurável. Desde o início que quisemos primar pela diferença, pela inovação e pela inclusão e sinto que temos conseguido”, reforçam os responsáveis da Quanta Terra.
Pode visitar a mostra de quarta-feira a domingo, das 10 horas às 17h30. A visita inclui uma prova de vinhos e pode ainda conhecer a garrafeira do espaço e adquirir o novo espumante da marca, bem como outras referências. O espumante Éclat Quanta Terra também se encontra à venda online e em garrafeiras de especialidade.