comida

O novo jardim do Porto tem ovos mexidos, bacon e bruschettas “excelentes”

O espaço, com mais de 30 anos, fica numa das ruas mais icónicas da cidade. Agora tem mais plantas e ofertas de pequeno-almoço.
Para provar.

Quando abriu, a 22 de outubro, o Na Muche tinha tudo para ser especial. Depois de dez meses, a abertura do novo jardim só veio confirmar a nossa premissa. Ali, o objetivo era um: “levar à mesa a excelência da gastronomia nacional confecionada com os melhores produtos que a terra tem para oferecer”. E só foi possível, ao juntar a produção agrícola com o gosto da cozinha de um jovem agricultor.

O próprio Tiago Cardoso, de 27 anos, explicou à NiT como tudo começou. “Tenho vinhas, produzo maracujá e tenho uma horta”, diz. “Lá em casa sempre nos habituámos a comer bem, com qualidade, com ingredientes nossos, sem os estragar”, continua. A dedicação a estes princípios foi aumentando à medida que o desejo de os passar para outros ia crescendo.

Com experiência quase nula na restauração — apenas serviu à mesa de forma esporádica quando era estudante a que se soma o trabalho nas barracas de comes e bebes que montou durante quatro anos consecutivos na Queima das Fitas quando andava universidade —, juntou-se a pessoas com know-how na área da restauração para montar o projeto. Ao seu lado conta com a ajuda de um chef de cozinha com 30 anos de experiência e de Fernando, chefe de sala que “trabalha na área há 12 anos”.

Tudo era para acontecer na rua de Santa Catarina, no Porto, mas passou para o número 243 da Rua de Cedofeita, “uma das mais icónicas da cidade”, revela. “Estamos num espaço com mais de 30 anos de história, o antigo Oliveiras que outrora era Lameiras”, acrescenta. Remodelaram o espaço e a tasca deu lugar a um conceito que “absorve muita comida diferente, sempre com qualidade, claro”.

Quem lá entra de manhã para comer uma sandes e beber um café, pode aproveitar para almoçar, lanchar e jantar. Sim, porque o Na Muche está aberto das 8 à meia-noite. E agora, pode também ficar no jardim. 

“Abrimos o jardim no final de julho. Desde o princípio que vimos um grande potencial no espaço exterior e, assim que tivemos oportunidade, colocámos mãos à obra para transformá-lo numa extensão do interior do restaurante. O objetivo sempre foi criarmos um espaço onde as pessoas conseguissem desfrutar de uma boa refeição num ambiente acolhedor, familiar e privado, mas ao ar livre, de modo a tirar o máximo partido dos dias e noites de verão”, explicam os responsáveis. 

A abertura da nova área também permitiu ter um novo espaço. Um que recebe grupos, com capacidade até 32 pessoas. E como não podia deixar de faltar, aproveitamos um cantinho para criarmos o nosso jardim aromático para uso do restaurante”, acrescentam.

E as novidades não ficam por aqui. Com a chegada do calor — e de um novo espaço para estrear — acharam que fazia todo o sentido alargar as ofertas de pequeno-almoço. Além da tosta americana (6€) que é popular ao pequeno-almoço ou ao lanche, dos filetes de polvo com arroz de tomate (22€), um dos pratos mais pedidos ao almoço, e do bacalhau com broa (18€), há agora vários menus e bruschettas.

 

 
 
 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

Uma publicação partilhada por Na Muche (@namuche_restaurante)

O english breakfast (6,5€) inclui ovos mexidos e bacon, torrada de pão rústico com manteiga ou compota, um sumo natural do dia e uma bebida de café à escolha. Já o pequeno-almoço para partilhar (14€) conta com ovos mexidos e bacon, duas bruschettas à escolha, dois sumos naturais do dia e dois cafés. Depois, há também o menu bruschetta (6,5€), com uma bruschetta à escolha, um sumo natural do dia e uma bebida de café à escolha.

Numa casa que se diferencia por ser “verdadeira e o mais honesta possível, com oferta de bons produtos” só podiam existir ingredientes de qualidade. “Grande parte deles chega das minhas produções”, diz-nos. “Só não são todos porque não tive tempo de programar as colheitas, mas o grande objetivo é que seja tudo plantado e produzido na horta de Braga”. Por enquanto, os clientes podem experimentar os pimentos, tomates, couves e abóboras plantadas por Tiago.

Se lá estiver às 18 horas, não estranhe a mudança na iluminação. Garantimos que não se trata de algum problema de visão, mas de um mecanismo para aumentar a envolvência de cada um. “A essa hora fazemos um jogo de luzes: tiramos as brancas e só colocamos amarelas, para criar um ambiente incrível que só melhora com a música que passamos.”

O som de fundo e atmosfera únicos pedem um bom copo de vinho e algo para adoçar a boca. Ali sobremesas não faltam. “Quando abrimos fizemos tantos doces que cheguei a ficar aflito com a hipótese de não se venderem e de causarem prejuízo.” Os receios, porém, não se concretizaram. “Ao fim de três ou quatro dias, já se tinha repetido a fornada e foram novamente à vida”, confessa o dono. “Até temos pessoas que passam por cá durante a tarde só para comerem uma baba de camelo ou uma mousse de chocolate.”

Para quem só come doces depois da refeição, também existem opções. Ao almoço, o menu do dia inclui sopa ou sobremesa, o prato principal, bebida e café (por 10€). Claro que não pode perder a oportunidade de experimentar a receita exclusiva de pudim Abade Priscos (4€). Dada pelo verdadeiro abade de Braga à avó de Tiago, é agora a sua mãe quem o faz. Com 16 gemas e bastante açúcar, “não há quem lhe resista.”

Carregue na galeria para conhecer melhor o novo Na Muche e os pratos que poderá experimentar por lá.

ver galeria

MAIS HISTÓRIAS DO PORTO

AGENDA