Ah, o omnipresente brunch. Chegou há uns anos a Portugal para ficar e, se no início, era uma espécie de one size fits all, hoje é difícil enumerar a quantidade de versões que este pequeno-almoço tardio a confundir-se com almoço assumiu. Entre os apostados em diferenciar-se pela quantidade e outros pela pinta dos petiscos, surgem os que não olham a meios para atingir os fins. Sendo os fins, neste caso, uma farta refeição onde não pode faltar nada. E no Le Grand Déjeneur, não falta.
À chegada, antes sequer de haver tempo para fazer contas ao buffet, aterra na mesa uma flute de champanhe Joseph Perrier, graças às bolhas criadas em parceria com a cadeia Maison Albar Hotels, dona do Le Monumental Palace, onde é servido este pequeno-almoço alargado. Um champanhe com 62 por cento chardonnay, 23 por cento meunier e 15 por cento pinot noir — para um arranque cem por cento afinado e trauteado ao som da Bossa Nova tocada pela dupla que habitualmente ali toca ao vivo durante os almoços.
O cenário, onde a art nouveau e a art déco se misturam, é, por si só, uma das partes fundamentais da experiência. A flute, diga-se, está incluída no preço da refeição que começou a ser servida no final de 2022 e que, depois de uma pausa, regressou em outubro.
O Le Grand Déjeneur divide-se em duas partes. Desde logo, o buffet, onde não faltam as propostas obrigatórias, a que se juntam as surpresas que justificam toda a pompa e luxo. As frutas cuidadosamente dispostas e cortadas, os variados pães com os seus acompanhamentos, iogurtes, cereais, enchidos e muitos queijos. Depois, as surpresas, como as frescas ostras de Aveiro que se revelam o par perfeito para o champanhe.
É, então, vez de seguir para as opções à carta, todas elas incluídas no preço, exceção feita às bebidas. Por falar em bebidas, além da pequena carta de vinhos disponível (a garrafa e a copo), pode optar pela harmonização que inclui um copo de branco, um de tinto e um Porto (neste caso um tawny) para fechar — com um custo extra de 22 euros. Há ainda diversos cocktails e mocktails para acompanhar a refeição.
Dentro desta lista estão os já clássicos dos brunches, como os ovos Benedict, neste caso servidos em bolo do caco, com salmão fumado, abacate e o inevitável molho hollandaise. Pode também optar por uns ovos simples, servidos com variados ingredientes, ou mesmo uma panqueca com frutos vermelhos e xarope de ácer.
Por esta altura, dirá — e com bons motivos — que pouco espaço haverá para mais, mas aguardam-no as opções de almoço, feitas na hora e que culminam, não raras vezes, com a final confeção à mesa. Se o mini burger com suculenta carne wagyu e a piza caseira não o satisfazem, pode escolher entre um bife Wellington, um tártaro de novilho, o arroz do mar ou um assado do dia, que neste caso consistia num pernil. Para os vegetarianos, há sempre uma opção, neste caso cevadinha e abóbora.
Dada a inspiração francesa, que começa na cadeia de hotéis e termina em Joana Thöny — a chef pasteleira do hotel, do restaurante estrelado Le Monument e responsável pelos doces do brunch —, não poderiam faltar as pequenas e fotogénicas sobremesas, de panacotas de frutos tropicais a um incrível arroz-doce com caramelo salgado e biscoito.
O Le Grand Déjeneur é servido todos os domingos, entre as 12h30 e as 15h30. Tem um custo de 55€ por pessoa, valor que inclui a flute de champanhe, águas, sumos e bebidas quentes.
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