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Partilha, conforto e muita portugalidade: assim é a nova carta do Pot&Pan

Sempre com produtos frescos, o chef André Coutinho recria clássicos da gastronomia portuguesa, com um twist contemporâneo.
É caso para juntar os amigos e a família à mesa.

Ao longo do ano passado, foram inúmeras as aberturas de hotéis que vieram elevar a fasquia no serviço do Porto. Alguns deles já se tornaram referência e são ponto de passagem obrigatória para locais e viajantes, nem que seja para provar as iguarias e bebidas que propõem nos seus restaurantes. É o caso do The Rebello Hotel que conta com um restaurante e um rooftop, que já se tornaram favoritos entre os portuenses. 

Como é habitual, a chegada do bom tempo dá conta de novidades nas cartas de todos os spots da cidade e este hotel portuense, com uma vista única para as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia e o rio Douro, não ficou para trás. Ano após ano, pode ser um desafio reinventar os sabores, sem deixar de lado a tradição, e surpreender os paladares mais exigentes. O chef André Coutinho é o mais recente gourmand a juntar-se à família Bomporto. Depois de várias experiências na cozinha oriental e italiana, as suas raízes trouxeram-no de volta à cozinha que mais o apaixona: a portuguesa. 

“O objetivo é oferecermos pratos de conforto, como se estivéssemos a comer em casa da mãe, avó ou tia. Todas as propostas são inspiradas no receituário português, desenvolvidas com um toque irreverente e contemporâneo”, explica à NiP o chef de 33 anos que antes de comandar a cozinha do rooftop e restaurante do The Rebello, passou pelo paparico, Vinhas D’Alho e A Brasileira, todos espaços no Porto. Com rigor e criatividade, o chef procura recriar clássicos da gastronomia portuguesa e acrescentar-lhes um toque mais contemporâneo, sempre com ingredientes frescos e com uma apresentação pensada ao pormenor. 

O Pot&Pan é o restaurante do The Rebello, instalado lado do lobby do hotel. O interior mantém a sua estética industrial original, quando ainda era uma fábrica de produção de utensílios de cozinha, com paredes em cinza escuro, que sobressaem com pequenos apontamentos em cor, plantas de grande escala e materiais diferentes como latão, aço escurecido, couro e madeira. Poderia ser um espaço frio e escuro, mas é aconchegante e faz-nos sentir em casa, para além de tentar roubar as atenções dos pratos, com as vistas sobre a Ponte D. Luís I. 

Seguindo estas linhas, as propostas gastronómicas não podiam ser outras, senão tradicionais. E como a cozinha portuguesa manda, muitas das criações chegam à mesa em tachos e panelas, para promover momentos de partilha e memórias, acompanhados por ótimos vinhos e boa comida. As sugestões para partilhar são o leitão com chips de batata e salada aromática ou o robalo ao sal com arroz malandro de camarão e coentros. O preço destas propostas varia entre os 110€ aos 220€.

“São opções que deverão ser encomendadas com um mínimo de 24 horas de antecedência e servem, pelo menos, quatro pessoas. Queremos que os clientes desfrutem do calor e bem-estar que, tantas vezes se faz sentir nos longos almoços das casas portuguesas”, acrescenta o chef. 

A filosofia do chef no Pot&Pan privilegia não só a sazonalidade dos ingredientes, mas também a procura pelos melhores fornecedores e uma confeção o mais sustentável possível. Há ainda sugestões como o peixe do dia na sua açorda (25€), que vai mudar consoante a matéria-prima, e tendem a apostar ao máximo no reaproveitamento do produto. O frango com piri-piri (18€) com puré de raiz de salsa, cebola caramelizada e chips de batata é outra sugestão que “alia uma proteína tão comum aos portugueses, a uma erva aromática da época, sendo que utilizámos a raíz, ainda pouco aproveitada por muitos”, defende.

Não menos interessantes são as propostas vegetarianas, que agora incluem um cremoso de ervilhas, hortelã e telha de parmesão, com espuma de tomilho e legumes glaceados a acompanhar (18€) ou um tagliateli com limão e alcaparras (16€). Nas sobremesas, destaca-se a “Fruta à Nossa Maneira” (9€), uma panna cotta de manga acompanhada de carpaccio de abacaxi, calda de coco e lichia ou o mil folhas de pastel de nata (11€).

Se no restaurante do The Rebello, a filosofia é homenagear as raízes da cozinha tradicional portuguesa, no Bello Rooftop, localizado no quarto piso do hotel, a premissa é diferente, havendo opções mais leves e democráticas para “aconchegar todos os estómagos, seja a que horas for”. O chef André é também responsável pela gestão da cozinha do rooftop, privilegiando as referências internacionais. Para o verão, a sugestão passa por uma carta inspirada nos países embaixadores das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, convidando a uma viagem pelos mais variados cantos do mundo, à boleia de sabores tão diversos quanto inusitados. 

Antipasti de queijos e enchidos (Itália), ceviche de peixe com chips de batata doce (Perú), tacos de birria ou espadarte fumado com guacamole (México), pastel de vento com carne de sol (Brasil), kari rolls com butter chicken (Índia) e gambas sichuan (China) são algumas das propostas do chef para partilhar inspiradas na temática, com preços a variar entre os 4,50€ e os 19€. Apesar disso, mantêm-se sugestões mais “seguras” como saladas, hambúrgueres e pizzas napolitanas, com preços entre os 5€ aos 16€.

E não fosse o Bello Rooftop um dos locais mais apetecíveis para beber um copo entre amigos, com vista para a pitoresca Ribeira, as novidades não fugiram à carta de cocktails, igualmente inspirada na diversidade das Sete Maravilhas. “As propostas de assinatura combinam os licores e destilados mais emblemáticos dos países de origem destas construções com frutas, ervas e especiarias locais”, explica Diogo Magalhães, diretor de F&B.

Na carta de cocktails de autor destacam-se a Grande Muralha (China) que junta gin, oolong, lichia e pitaya; o Cristo Redentor (Brasil) com cachaça, catuaba, goiaba e lúpulo; o Taj Mahal (Índia) com rum, manga, côco e especiarias; o Machu Picchu (Peru) com a combinação de pisco com ruibarbo, citronela e frutos vermelhos; o Coliseu (Itália) com gin, tomate, campari, morango, manjericão e parmesão ou o Petra (Jordânia) com vodka fumada, café cold brew e pistácio. Todas estas propostas custam 12€.

Além das propostas mais ousadas, há uma seleção de cocktails clássicos, todos por 11€, para brindar a qualquer hora do dia, como Porto Tónico, Negroni ou Margarita. Aos domingos, o rooftop abre as portas mais cedo para acolher o “Brunch & Beats”, que junta uma seleção de panquecas, ovos, saladas, bowls e cocktails mais leves ao som de um DJ convidado. 

Carregue na galeria para conhecer as novas propostas do restaurante o do rooftop do The Rebello Hotel.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Cais de Gaia, 380
    4400-245  Vila Nova de Gaia
  • HORÁRIO
  • Todos os dias das 12h às 00h
PREÇO MÉDIO
Entre 20€ e 30€
TIPO DE COMIDA
Bar, Petiscos

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