Criado em Madrid, Aitor Ansorena nunca esqueceu as suas raízes bascas. Em 2005, o chef rodeou-se de família e decidiu homenagear o seu País Basco. Como? Através da comida.
Nascia na capital espanhola um espaço onde se recuperavam petiscos típicos da região nortenha, tudo para conseguirem criar ali mesmo “o melhor assador” do país. Sem esquecer as origens, trabalhou sempre sob a máxima transmitida pelo pai: “a importância de bem receber pela gastronomia, a hospitalidade basca e a alegria de viver”. E assim inaugurou o primeiro Imanol no início dos anos 2000. Desde então, nunca mais largou o carvão e agora, em Portugal, faz nascer dois espaços da marca. O mais recente foi inaugurado a 28 de outubro, no Porto.
Grelhados, pintxos e tarte de queijo são os protagonistas dos espaços da Imanol que impressionaram Rui Sanches, diretor do grupo português de restauração Plateform. Perante o sucesso da cadeia em Espanha, decidiu trazer para Lisboa, em 2023, o melhor desse universo, num “misto de homenagem e celebração da gastronomia espanhola”, com a inauguração do Imanol Barra Basca.
O conceito, inspirado na gastronomia basca “agitou o Príncipe Real” e o sucesso levou a que quisessem expandir para o norte do País, mais precisamente para a Rua Mouzinho da Silveira, no centro do Porto.
“Para nós é muito gratificante poder levar o Imanol Barra Basca para o Porto. A descontração e a riqueza da gastronomia basca e espanhola em geral casam na perfeição com a alegria de viver que tanto caracteriza a cidade”, explica Rui Sanches que, num encontro com Aitor Ansorena em Madrid, decidiu voltar a alargar o conceito desta experiência à cidade do Porto.
Para Tiago Veiga, diretor de marketing e comunicação da Plateform, a “descontração e a riqueza da gastronomia basca, e espanhola em geral, são o par ideal para a alegria de viver que tanto caracteriza a cidade”.
O conceito de partilha do País Basco reflete-se na ementa. Na carta, idêntica à da capital, encontra diferentes opções de pintxos frios como espetadas de azeitona gordal, piparra e anchova (3,25€), várias paletas ibéricas com tomate, queijo cabra e pimento (3,75€), pasta de caranguejo com camarão (4,25€) e ainda um brioche com burrata, compota de tomate cherry e manjericão (4,95€).
Nos pintxos quentes, pode provar os croquetes de presunto ou cogumelos (4,25€), a tortilha de batata (4,25€), um mini hambúrguer com compota de tomate cherry, queijo cabra e barriga de porco fumado (7,45€) e ainda, o bacalhau pil-pil com cebolada de pimentos (9,45€). Para partilhar, nada melhor que a paleta ibérica (14€), enchidos tradicionais do País Basco (9€), ovos rotos com a paleta ibérica (12,50€) e ainda calamares com molho alioli (12,50€).
Neste novo espaço conseguiram incluir um forno Josper no qual são preparados pratos como o Chuletón na brasa, pensado para duas pessoas (55€) e a Lubina a la parrilla (49€), um robalo grelhado.
Para acompanhar a refeição sugerem a longa lista de vermutes, cervejas (desde 2€) e o clássico tinto de verano (2,50€). No entanto, ao desenharem a carta, quiseram dar protagonismo a alguns vinhos de produtores espanhóis como o rosé de Anna de Codorníu Brut Rosé (28€) e ainda o tinto espanhol Rioja D-12 (42€). Para terminar a experiência em grande, pode experimentar ainda a tarte de queijo (6€ por fatia) e a mousse de chocolate, pão, azeite e flor de sal (5€).
O espaço foi pensado pelo arquiteto João Regal e equipa do Atelier Lado, para dar a ideia que, ao passar a porta de entrada, estavam num tasco típico de Madrid. As paredes forradas a azulejos Barro Oficina em vermelho-escuro contrastam com ilustrações vintage e coloridas, que fazem referência a diferentes cidades espanholas. Os clientes podem escolher sentar-se na barra com nove lugares, ou na sala que tem capacidade para 60 pessoas. Quando o tempo convidar, conseguem abrir a esplanada, que recebe mais 30 pessoas.