O que é acontece quando se juntam dois italianos, um cipriota e um russo? Uma mistura de culturas e sabores que resulta no The Orthodox, um café onde o sentido de comunidade está acima de qualquer coisa. Esqueça o que identifica como sendo o conceito de um café, de um restaurante ou de um brunch, não é bem isso que vai encontrar aqui. Ou é.
No fundo, vai encontrar um pouco de tudo isso mas com um atendimento muito mais próximo, em que os clientes vão ao balcão fazer o pedido, aproveitam para dois dedos de conversa e saem como membros da família — ou desta pequena comunidade que querem criar.
A ideia base surgiu pelas mãos de Andrey e Fanis, o chef e o barista do espaço. São, respetivamente, russo e cipriota e conheceram-se em 2020, num anterior trabalho no Porto. Por intermédio de amigos comuns, cruzaram-se com Emanuele Mangialardi e Dario Papale, dois italianos que resolveram investir neste projeto, aberto desde o final de agosto do ano passado.
“Quando nos conhecemos, decidimos investir no projeto deles de abrir um café que iria criar uma comunidade para os vizinhos, um lugar onde podem sempre encontrar pessoas que conhecem, de quem gostam e que querem ver”, diz Emanuele à New in Porto.
Com esta ideia em mente, é fácil perceber porque é que são um espaço pet friendly e kids friendly. Para receber da melhor forma os animais, têm à disposição recipientes com água, comida e até uma esplanada onde podem ficar mais à vontade. Em relação aos miúdos, também há uma zona pensada para eles, com jogos e brinquedos para passarem o tempo.
O que aqui é servido tem, claro, as influências de toda a experiência do chef e do barista. Andrey passou cerca de uma década a viajar pelo mundo — com destaque para a Ásia — e tem uma especial curiosidade por experimentar novas comidas e culturas. Por sua vez, Fanis é o artista do café e seleciona os grãos que pretende tendo em conta os pequenos negócios locais.
“Queremos ser um espaço com boa comida, alta qualidade e preços baixos. Com uma boa decoração e algum sentido de arte, até porque estamos num quarteirão muito artístico”, sublinha
No que toca aos produtos, é importante salientar que fazem o seu próprio pão, a focaccia e a pastelaria. Um dos mais vendidos é o khachapuri (8€), uma espécie de pão baixo de origem georgiana que leva um ovo no centro. A sandes de focaccia (7€) também é muito pedida tal como a vatrushka (2€), que é um doce russo com queijo e frutos vermelhos no centro.
Além destes, vai encontrar tostas (6€), papas de aveia (6€), sopa (4€), porchetta (11€) ou beringela assada (8€). Entre as bebidas vai descobrir algumas opções diferentes do habitual como café de coco (3€), matcha Latte (3€) ou cocktails russos (6€).
Isto é o que há no menu mais ou menos regular, já que ao fim de semana existem menus especiais dedicados a diferentes culinárias. Entre os países que já foram homenageados estão a Turquia, Israel ou o Sri Lanka. Mais recentemente, o conceito tem trazido jantares temáticos cujas ementas vão sendo divulgadas através das redes sociais.
Convém saber que, numa lógica de sustentabilidade e desperdício zero, na última meia hora do horário de cada dia os bolos ficam a 50 por cento de desconto.
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