A tendência dos laços voltou em força, trazendo um toque de feminilidade, charme e até um pouco de nostalgia a qualquer visual. Nas últimas temporadas, este pequeno pormenor foi presença marcante nas coleções e nos desfiles de grandes estilistas, como Chanel, Valentino e Gucci, que incorporaram os laços em vestidos, blusas ou acessórios, das mais diversas formas.
Contudo, este elemento quase decorativo não é novo na história da moda. Os primeiros indícios de laços surgiram nas civilizações antigas, sendo utilizados como um adereço em trajes tradicionais. Na Europa do século XVII, os laços ganharam grande destaque, sobretudo entre os homens e na realeza, servindo para adornar camisas e vestidos.
Há quem associe o laço ao estilo romântico, que surgiu no início do século XIX, influenciado por movimentos artísticos e culturais da época, incluindo o romântico na literatura. Na moda, traduzia-se em peças delicadas, com tecidos fluidos e detalhes femininos, proporcionando um toque mais elegante ao look. Para as fashionistas mais modernas, o laço era incorporado, por exemplo, num cinto, para elevar o visual, definir a cintura e dar um toque sofisticado a qualquer peça, fosse esta uma simples blusa ou vestido.
Atualmente, os laços ganharam um novo significado. Se antes eram vistos como elementos exclusivamente femininos ou até infantis, hoje são incorporados em visuais mais ousados e modernos. Se optar por laços grandes e exagerados, transmitirá uma imagem mais fashionista. Pelo contrário, se escolher laços mais discretos, adiciona um detalhe mais elegante ao visual.
E é precisamente este pormenor o centro da nova coleção de outono/inverno da marca portuense A Line. Apesar de estar presente em algumas peças da coleção, há uma blusa que se destaca e que vai elevar os seus visuais para ir ao escritório sem complicar demasiado. Falamos de uma blusa (135€) de fitting descontraído, com gola pontiaguda na qual se pode fazer um laço à volta do pescoço. Tem um fecho frontal, com botão único, e os punhos são acentuados também com uma prega única.
Está disponível na cor branca com um laço maior e mais comprido, e ainda às riscas, estampado tendência da estação, combinando as cores azul, branco e vermelho, com um laço mais pequeno e discreto. A peça é 100 por cento de algodão ecológico e está disponível nos tamanhos XXS/XS e S/M.
Neste caso, o pormenor do laço adiciona uma sensação de textura e dimensão do próprio tecido, tornando a peça mais interessante visualmente, para além de criar uma silhueta mais esbelta e elegante, sobretudo na parte superior. Para esta coleção intitulada “There is no right time” (não há um tempo certo, em português), a marca nascida em 2016 pelas mãos de Hélder Gonçalves decidiu explorar a fluidez dos tecidos, combinando tendências passadas, presentes e expectativas futuras.
“Associamos estas referências ao próprio tempo, porque consideramos o tempo um fenómeno transitório que confere significado aos momentos, identificando exemplos de resiliência e beleza no meio da adversidade, ao mesmo tempo que repensa o conceito de permanência em favor da beleza da impermanência”, revela o responsável.
Assim, a coleção de outono/inverno é inspirada numa paixão enraizada na arte, arquitetura e design, apresentando formas e uma paleta de cores que realçam essa influência artística. A coleção foi também concebida pensando em silhuetas fortes, com casacos à medida e casacos compridos, que querem transmitir apenas uma coisa: confiança. A combinação de proporções inovadora, como tops com ombros exagerados, combinados com calças de cintura alta e pernas largas, cria um visual moderno.
Destacam-se também os casacos de malha descontraídos e camisas com reinterpretações diferentes ao clássico padrão de riscas de Bengala, realçadas por linhas arrojadas e combinações de cores inesperadas. Estas peças podem facilmente ser combinadas com as calças de ganga da marca, ecológicas e feitas a partir de materiais reciclados e de origem responsável, proporcionando mais uma razão para se sentir bem com as peças da A Line.
“O propósito da A Line é não só produzir peças de vestuário que demonstrem a paixão pelo design, como também aderir a métodos de produção responsáveis e sustentáveis. A dedicação da marca com o trabalho artesanal e a atenção ao pormenor são evidentes em cada peça, incorporando um sentido de intemporalidade e sofisticação de vestuário que transcende as tendências passageiras”, reforçam.
O preço das peças da nova coleção começa nos 59€ (tank tops) e pode ir até aos 390€ (casacos compridos). Relembramos que, em junho deste ano, numa altura em que os espaços tradicionais portugueses estão a ser substituídos por gigantes comerciais, a marca de moda sustentável assentou raízes na sua cidade de origem, o Porto, abrindo a sua primeira loja física em pleno quarteirão artístico, com o intuito de “privilegiar a experiência de contacto direto com o consumidor”.
Pode consultar a nova coleção online, ou na loja física, no Porto. A estação de metro dos Aliados fica próxima da A Line.
Carregue na galeria para conhecer algumas das peças que se destacam na coleção de outono/inverno da marca portuense.