Rute Lima continua a ser aquela miúda sonhadora, que queria máquinas registadoras no Natal e que pedia à mãe para fazer roupas novas para as Barbies todos os dias. Nunca soube dizer que curso pretendia ingressar na faculdade, mas de uma coisa tinha a certeza: o objetivo era criar.
“Desde cedo que quis ser independente, por isso, aos 18 anos comecei a trabalhar. Iniciei o percurso numa loja de shopping e foi graças a esse emprego que tive uma maior proximidade com o mundo da moda e desenvolvi mais conhecimento sobre as tendências, os melhores tecidos, atendimento ao cliente, entre outros. Aprendi muito, mas sobretudo ajudou-me a alimentar o meu maior sonho: ter a minha marca”, recorda a jovem natural do Porto, de 26 anos.
Estávamos em 2017 quando Rute começou o seu percurso no retalho comercial têxtil. Nessa altura, aproveitava as folgas para criar as primeiras peças. No mês de julho, lançou a Le Petit Crochet, uma marca de semi-joias em aço inoxidável, amigas da carteira de todas as jovens e adolescentes que adoram dar um twist ao seu visual.
“Na altura, fiz uns brincos que eram tendência, usei-os no trabalho e comecei a ter pedidos dos meus colegas e até de clientes da loja onde trabalhava. Ofereci os primeiros brincos, até que me percebi que estava a ter muitos pedidos e tive de começar a cobrar um valor, ainda que simbólico”, explica.
Os brincos eram umas argolas, com 200 voltas de linha de coser a cores. Há cerca de cinco anos, Rute passou a vender exclusivamente semi-joias em aço inoxidável, feitas à mão. Em 2022, quando a interminável procura pelo biquíni perfeito terminou graças às mãos de Mariete Lima, mãe de Rute, nasceu a componente de swimwear da marca.
“Quando a minha mãe me fez o primeiro biquíni, com todos os pormenores que sempre procurei, soube que precisávamos de partilhar este talento com mais pessoas”, recorda. Em junho de 2023, já com um espólio de acessórios amplo, que iam desde brincos a colares, pulseiras e anéis, a marca passou a tornar-se mais versátil no uso de linha de coser. Além dos biquínis de crochet, os clientes podiam contar com carteiras e outro tipo de acessórios. Foi aí que Rute teve de adaptar o nome da marca à realidade, chamando-lhe Le Petit.
A vida foi dando algumas voltas e, em setembro do ano passado, a empreendedora deixou o trabalho no retalho têxtil no centro comercial, para se dedicar em exclusivo à marca. No entanto, ainda existiam alguns sonhos que a jovem portuense queria para o seu negócio próprio de acessórios e joias — um deles era lançar uma linha de roupa. Depois de a mãe a ter ajudado no fabrico de biquínis, ambas sabiam que estava na altura de fazer um rebranding.
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“A minha mãe é a minha maior inspiração, pode ser um cliché gigante, mas é a verdade. Desde miúda que foi aprendendo a cozinhar e costurar, da mesma forma que aprendemos a decorar a tabuada do 9. Criar e costurar foram sempre uma grande paixão dela, mas que sempre estiveram na gaveta. Desde que me conheço que uso roupa feita por ela e quando lhe disse que queria criar uma coleção de roupa, não pensou duas vezes em ajudar-me”, recorda.
Foi assim que a Le Petit se transformou em LIMA, o apelido de Rute. Contudo, Mariete sempre foi acompanhando os passos da filha e da sua marca, e até emprestou os primeiros 150€ para a Rute investir na marca no seu lançamento.
Este verão, foi lançada a primeira linha de roupa da LIMA, com peças feitas em linho, apesar de há um ano terem sido lançadas as primeiras peças de roupa. Para Rute, é uma sorte fazer a produção das peças “dentro de portas”, o que a ajuda a poupar recursos e produzir por medida para o cliente. Assim, o stock acaba por ser apenas em tecidos e não em peças. “É algo que ajuda muito num negócio, principalmente numa fase tão embrionária, como é a nossa linha de vestuário”, defende.
Neste momento, a dupla encontra-se a desenhar a coleção de inverno, mas ainda pode encomendar roupas de verão. As joias e acessórios vão sendo lançadas com uma certa regularidade, não existindo coleções específicas para cada estação do ano.
Afinal de contas, a LIMA pretende ser mais do que uma marca de joias, peças de roupa ou acessórios. “A LIMA é sobre nos sentirmos mais bonitas com detalhes, sobre empoderamento e, acima de tudo, sobre corrermos atrás dos nossos sonhos. Quero que a LIMA seja ‘mais uma razão para sorrir’ na vida de quem se cruza connosco”, afirma a jovem.
Nas peças de roupa, encontra saias, blusas ou calças, com preços que começam nos 29,90€. Já nos biquínis, há modelos, em diferentes cores disponíveis, a partir de 45,90€. Já nos acessórios encontra anéis, brincos, charms, colares e pulseiras, desde 5,90€. Recentemente, a marca lançou uma linha de acessórios, com molas de cabelo (15,90€), malas em crochet, a partir de 39,90€, porta-chaves com charms, a partir de 7,90€, e até nécessaires, por 20,90€.
Ainda pode encomendar as peças da LIMA online ou acompanhar a página nas redes sociais, uma vez que Rute já tem levado a sua marca para os mais diversos mercadinhos da cidade, sendo mais comum encontrá-la aos fins de semana no Jardim do Passeio Alegre.
Carregue na galeria para descobrir as peças exclusivas e intemporais da LIMA.
