A pandemia veio mesmo dar uma volta de 180 graus à nossa vida. Entre as mudanças, há uma que se nota cada vez mais: as encomendas online aumentaram. Com tantos meses fechados em casa, os hábitos de consumo dos portugueses alteraram-se de forma radical. Desesperadas para fazer face à crise, muitas marcas reforçaram a sua presença online e apostaram nos canais digitais. Retomada a normalidade, parece que a prática já é considerada habitual e há até quem diga nem pensar em voltar às lojas físicas.

Com a esmagadora maioria das marcas a venderem online, a facilidade em encontrar tudo o que procuramos em meros segundos acarreta um problema. Não podemos tocar, sentir e, sobretudo, experimentar as peças. A probabilidade de ser preciso trocar o artigo, quando o recebemos, é muito maior.

Até ao momento, a devolução das encomendas feitas pelo site da Zara, em Portugal, está isenta de despesas. Porém, o modelo de e-commerce da retalhista espanhola pode estar prestes a mudar. Em Espanha, os clientes vão ter, a partir de agora, de pagar 1,95€ para devolver encomendas online com recolha de artigos ao domicílio. Mas este custo pode até passar despercebido.

Segundo a empresa, o valor será subtraído ao reembolso. Imagine, portanto, que comprou online uma peça por 20€ e que a quer devolver. Ao pedir para a irem recolher na sua morada, receberá apenas o reembolso de 18,05€. O mesmo não se aplica aos artigos comprados em loja. Como alternativa, pode sempre dirigir-se aos espaços físicos da marca e devolver sem qualquer custo.

No início de 2022, a Zara introduziu taxas idênticas no Reino Unido, à semelhança do que tinham feito as suas rivais Uniqlo e Next. Agora, a medida avança em Espanha. Mais: o grupo Inditex, dono da Zara, pretende implementar este modelo noutras marcas do seu portfólio, como a Massimo Dutti e Pull&Bear.