Os fashionistas do Porto não desconhecem os nomes Edgar Ferreira, e Guilherme Pinto de Oliveira. A dupla com formação em Marketing e Gestão é a responsável pelos espaços The Feeting Room, ao pé dos Clérigos, e da LOT, no coração do centro histórico. O objetivo de ambos os espaços é oferecer uma experiência de consumo diferenciadora e multissensorial, além de terem uma presença ativa na agenda cultural da cidade.
Apesar de estes espaços reunirem uma seleção cuidadosa de marcas exclusivas nacionais e internacionais, os clientes assíduos ansiavam por uma coleção própria. Por isso mesmo, os amigos com 40 e 44 anos, respetivamente, sentiram ainda mais vontade de apoiar o talento independente e marcas emergentes — e criaram uma etiqueta especial.
“Queremos homenagear aquilo que torna Portugal único, mas de uma forma inesperada e com uma abordagem contemporânea. Depois de darmos voz e palco as mais variadas marcas emergentes, a criação da nossa própria marca surge como uma consequência natural desse percurso”, começa por contar à NiP, Guilherme.
Curiosamente, a primeira loja The Feeting Room abriu a 25 de Abril de 2015, no Largo dos Lóios, no Porto. Esta coincidência serviu de ponto de partida para o imaginário da nova marca que foi lançada oficialmente no passado 25 de abril, sexta-feira, coincidindo com a Revolução dos Cravos e com o décimo aniversário do primeiro espaço de retalho.
Nesse sentido, a Coup d’état é uma marca portuguesa que pretende apresentar um olhar contemporâneo e irreverente sobre as nossas referências culturais — e o que de melhor se faz em Portugal. Por cá, nada foi deixado ao acaso, nem o nome, apesar de surgir da coincidência simbólica da primeira loja ter aberto a 25 de bbril. Coup d’état significa “golpe de estado” em francês.
“Representa para nós a mudança positiva. Aquela que rompe com o que está ultrapassado, que abre espaço a novas ideias e à liberdade criativa. É uma afirmação da nossa vontade de fazer diferente”, conta o cofundador.
A marca assume-se como “born in Porto”, mas “made in Portugal”. Os fundadores admitem ser uma “sorte” estarem baseados no Porto, dado à proximidade a uma indústria com enorme know-how e inovação. Todas as peças da marca são produzidas num raio de 60 quilómetros, por parceiros que permitem uma produção “ágil, cuidada e diferenciadora”.
Nesta homenagem pelo que melhor se faz cá dentro, a primeira coleção, intitulada “Sardines”, é inspirada no universo dos pescadores, das redes às cordas e inclui, além de roupa e calçado, peças inusitadas como um baralho de cartas e uma seleção de conservas portuguesas. Quanto às peças de roupa, são feitas com 100 por cento algodão. Já o calçado tem materiais como camurça e couro.
Os fundadores admitem que não seguem o modelo tradicional de coleções sazonais. Nesse sentido, as peças ou colaborações serão lançadas “sempre que sentirem que há espaço para algo novo e relevante”. Mas à NiP avançam que já têm vários drops e parcerias em desenvolvimento.
“Não queremos apenas fazer roupa, queremos contar histórias, provocar conversas, reinterpretar símbolos com liberdade criativa. E isso é o que diferencia a nossa marca entre a oferta já existente. A Coup d’état é uma marca portuguesa, feita com alma, irreverência e com uma enorme vontade de celebrar o que somos, com liberdade e originalidade”, defendem.
A primeira coleção da marca inclui uma seleção de coletes, T-shirt, lenços, bonés, camisolas e lenços. Entre a paleta de cores, destacam-se tonalidades como azul céu e azul escuro, amarelo torrado, branco leite, verde floresta, tijolo, vermelho e preto. As peças contam com bordados feitos à mão.
O preço das T-shirts vai dos 44€ aos 60€. Já as camisolas começam nos 80€ e as camisas em 110€. Existem também coletes por 125€ e acessórios como tote bags (a partir de 44€), bonés (46€), meias (14€) e lenços (34€). O calçado varia entre chinelos (95€) e sapatos formais (a partir de 164€).
Pode comprar todas as peças da nova coleção online ou diretamente no The Feeting Room.
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