Quem passa pela Rua de Antero de Quental já deve ter reparado num novo espaço que — sobretudo à noite — ilumina a esquina com a Rua de António Cândido. É o Cru, o novo cabeleireiro onde os materiais são o mais naturais possível, tanto na decoração como nos tratamentos de cabelo.
Aberto desde o dia 28 de fevereiro, este novo espaço levou cerca de oito meses até estar pronto. A ideia surgiu de uma forma natural e por necessidade, depois de o antigo espaço do dono, Carlos Augusto, ter encerrado — ficava nas instalações do Holmes Place da Constituição, que fechou, obrigando os outros negócios lá presentes a saírem também.
“Tentei encontrar um espaço que fosse uma boa opção e fugir um bocadinho àquilo que existe como conceito de cabeleireiro”, explica à New in Porto. Assim, criou um conceito onde a preocupação principal passou por procurar parceiros com alternativas mais orgânicas, produtos naturais e que não tivessem teores elevados de químicos. Sobretudo, “a tentativa de — havendo alterações químicas — minimizar o dano para o fio de cabelo”.
Em relação ao nome, alinha-se com a imagem estética que quis construir, de uma decoração simples e com materiais mais crus. Tudo em tons terra, acastanhados e acobreados que estão presentes tanto nas paredes como nos armários ou cadeiras.
“Tentámos arranjar um nome que fosse de fácil interpretação e memória e o Cru vem das matérias que este salão tem na sua composição como o cimento, ferrugem, cortiça portuguesa, ferro, chapa, todos os materiais levam-nos ao encontro do cru. Queria que fosse alusivo aos espaço e à beleza do espaço em si”, explica o responsável.
Apesar de terem vários serviços de cabeleireiro e até produtos para os clientes poderem tratar dos cabelos em casa, não há outros serviços que muitas vezes associamos aos salões. Aqui não há esteticista, manicure ou maquilhagem, tudo está vocacionado para o cabelo, o seu tratamento e o melhor cuidado possível para o fio.
Além da linha orgânica existe até uma linha de produtos para cabelos mediterrânicos, como são na sua maioria os portugueses. Esta é a forma de assegurar que os cabelos dos clientes recebem os tratamentos mais adequados a cada caso. A aposta está mesmo no cuidado e, por isso, a parte de styling tem menos produtos, ou seja, são usados apenas aqueles que realmente vão ajudar o cabelo e que são necessários na visão do cabeleireiro.
Quanto aos preços, o corte custa 20€ tanto para homens como para mulheres, podendo descer até 15€ quando associado a um serviço técnico. Os homens que quiserem fazer a barba, pagarão 10€, mas caso o façam ao mesmo tempo que o corte, é oferta da casa.
Em relação aos serviços técnicos, a coloração fica por 40€ e as nuances, ballayage, ombré ou californianas custam entre 70€ a 90€. De momento — e até ao final do verão — está em vigor a campanha Traga uma Amiga. Basicamente, as clientes que levarem consigo uma amiga que vá fazer coloração terão um desconto de 50 por cento na sua própria coloração.
Atualmente com 49 anos, Carlos Augusto começou a trabalhar nesta área aos 17 anos, com Alcino Lima e Jorge Lima. Em 1996 abriu o seu primeiro salão e depois disso chegou a ser técnico e formador de marcas como a Wella ou a Alfaparf Milano. Atualmente, garante que não tem como objetivo ter vários salões mas “conseguir ter uma atividade dinâmica e ocupada e aumentar sempre o volume de trabalho”. Com uma vasta carteira de clientes, diz até que não sabe se hoje em dia são mais os homens ou as mulheres que procuram os seus serviços.
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