O dermaplaning até pode não ser algo novo, no entanto, continua a ser uma das principais tendências de beleza no universo das redes sociais. Até ao momento — e uma pesquisa rápida comprova-o — a hashtag que o identificam no universo digital foi usada 1,7 bilhões de vezes apenas na rede social TikTok. No Instagram, onde os conteúdos vídeo são menos populares, soma 1,6 milhões de publicações. No Google, só durante o ano de 2021, a palavra foi pesquisada mais de 300 mil vezes. Mas afinal em que consiste este procedimento e quais são os seus reais benefícios?
Atualmente, são vários os kits que se podem comprar online para o fazer, mas como é que deve ser corretamente feito? Falamos com a dermatologista Dr. Helena Toda Brito, especializada em dermatologia geral e estética para esclarecer todas as dúvidas.
“O dermaplaning é um procedimento em que se utiliza uma lâmina para remover a camada superior da pele (estrato córneo) e a pilosidade da área tratada, fazendo em simultâneo a esfoliação da pele e a raspagem dos pelos. Durante o processo, a lâmina esterilizada é encostada num ângulo de 45 graus à pele esticada, e deslizada em pequenos movimentos ao longo da face”, começa por nos explicar a dermatologista.
“Como as células mortas da pele e os pelos faciais são removidos, os benefícios imediatos consistem numa pele mais macia e luminosa. Adicionalmente, à semelhança de outros métodos de esfoliação, a remoção das células mortas da camada superior da epiderme melhora a penetração dos princípios ativos dos produtos cosméticos aplicados. No entanto, é importante compreender que este efeito de pele macia é temporário, e que o crescimento dos pelos que foram cortados, que começa alguns dias após o dermaplaning, pode tornar a pele mais áspera ao toque.”
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Apesar de parecer um procedimento relativamente simples, pode trazer alguns riscos. No entanto, quando é feito por especialistas, essa possibilidade reduz drasticamente. “Quando realizado por profissionais experientes, o dermaplaning é um procedimento de baixo risco, sendo as complicações mais comuns a irritação e vermelhidão da pele nas horas que se seguem ao tratamento. Como todas as técnicas que utilizam objetos cortantes, existe ainda o risco de pequenos cortes, infeções, foliculites, ou reativação de herpes simples.” A dermatologista recomenda que quem tem uma pele mais sensível, reativa, com acne inflamatória, e rosácea que a evite. Isto aplica-se especialmente a estes duas situações, já que pode piorar o quadro clínico desses problemas.
Apesar de existirem múltiplos kits à venda para fazer este procedimento em casa, combinar lâminas, pele e pessoas sem qualquer experiência nesta área pode não dar bom resultado. Helena Toda Brito confirma. “É preferível fazer com um profissional experiente neste tipo de tratamento. Quando feito em casa, os resultados podem ser menos satisfatórios, e o risco de complicações (nomeadamente de cortes acidentais, infeções, irritação da pele) é maior.”
Existe ainda uma questão que é premente esclarecer. Ao longo dos anos, quem se queria ver livres dos pelos sempre foi aconselhado a evitar usar lâminas para o fazer. O argumento é bem conhecido: após o corte, os pelos cresceriam mais fortes e densos. Uma vez que o dermaplaning também o faz, quisemos aproveitar para desmitificar esta questão de uma vez por todas. “Embora não fiquem mais grossos, o que acontece é que como são cortados ao nível da superfície da pele, quando voltam a crescer parecem mais espessos e ‘espetados’, uma vez que deixam de ter a extremidade fina e macia de um pelo não cortado”, explica a dermatologista.
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