Quem nunca ficou sem bateria no telemóvel quando mais precisava que levante a mão. Provavelmente, é o seu caso, não é? Vivemos numa altura em que estamos sempre ligados ao mundo e utilizamos o telemóvel para quase tudo, o que faz com que a bateria também se gaste rapidamente.
Em casa ou no trabalho até pode ser fácil ter um carregador e resolver o problema, mas quando andamos na rua de um lado para o outro nem sempre encontramos onde carregar o telemóvel. Além de que é preciso andar com os cabos atrás ou com uma powerbank — que ocupa espaço e raramente nos lembramos de levar.
Para resolver todas essas questões surge agora a Powerzada, uma empresa do Porto que quer promover a utilização partilhada de powerbanks. A ideia surgiu pelas mãos de Gonçalo Marques, de 26 anos, formado em Gestão.
“Tudo começou quando estive na China, onde trabalhava e vivia. O sistema de aluguer de powerbanks através de app era um conceito que usava com regularidade lá e quando voltei para Portugal, em 2019, tive a ideia de montar a minha própria rede”, revela à New in Porto.
Desta forma, começou a explorar a ideia e percebeu que havia potencial para avançar, apesar de ser um conceito que ainda não está muito desenvolvido nem implementado por cá. Nesse processo todo juntaram-se Miguel Coutinho e Pedro Gonçalves, como sócios investidores.
Começaram a desenvolver melhor tudo o que queriam para o projeto mas a pandemia acabou por trocar-lhes as voltas e atrasar o lançamento. Tendo locais como cafés, restaurantes e zonas de grandes concentrações de pessoas como principais alvos, as restrições impostas pela pandemia não permitiam testar o conceito como pretendiam.
Amadureceram a ideia, desenvolveram um software próprio e no verão de 2020 começaram a angariar alguns parceiros. Essa tarefa também não foi fácil porque, desconhecendo o conceito de partilha de powerbanks, nem todos os locais queriam ser parceiros.
Um ano depois, a Powerzada finalmente arrancou em agosto e conta já com 15 estações disponíveis em locais tão distintos como a Adega Leonor, o WOW, a Casa Guedes ou o Hospital São João.
Afinal, como é que tudo isto funciona? É simples. Basta descarregar a app da Powerzada — disponível para iOS e Android —, criar uma conta, juntar uma forma de pagamento e começar a utilizar. Através de um mapa é possível ver as estações que se encontram mais próximas, no local pode desbloquear uma powerbank com um QR code e começar a utilizar. Até os cabos já estão incluídos.
No momento do levantamento da powerbank, será cativa uma caução de 15€, como forma de garantia, que será devolvida aquando da entrega. Os primeiros 60 minutos custam 1€ e a partir daí serão descontados 0,20€ por cada 15 minutos, sempre até um máximo de 5€ por dia. A contagem pára quando devolver o equipamento, o que pode ser feito em qualquer estação.
Ao final de 72 horas, caso não tenha devolvido a powerbank, fica sem a caução de 15€ e com a conta bloqueada até que a devolva. Se a tiver perdido, por exemplo, deverá entrar em contacto com a empresa para explicar a situação e pedir que a conta seja desbloqueada. A ideia é precisamente que os equipamentos sejam devolvidos e que a partilha seja maior, pelo que também é uma opção mais sustentável para o ambiente.
Para já, o objetivo é conseguir alargar a rede no Porto até aos 40 ou 50 parceiros e depois expandir o projeto para Lisboa e daí para outras cidades como Braga, Guimarães ou Coimbra. Isto até que o País esteja praticamente coberto.
A Powerzada está ainda à procura de parceiros estratégicos nas áreas da energia e das telecomunicações. No caso dos parceiros como bares ou restaurantes, por exemplo, podem também propor a instalação de uma unidade no seu estabelecimento. O processo é todo gratuito, basta apenas seguir os passos descritos no site da marca.