Há 32 edições que a feira PortoJóia destaca o dinamismo da indústria da joalharia, ouriversaria e relojoaria à escala ibérica. Na edição deste ano é apresentada uma montra composta por marcas, fabricantes, designers e compradores de referência. O evento regressa à Exponor do Porto, entre os dias 21 e 24 de setembro.
Uma das tendências esperadas neste universo é ditada pela “Era do Maximalismo”, que justificou o tema escolhido para a edição deste ano da feira. “More is More” é o mote que descreve uma temporada que é marcada pela liberdade infindável de múltiplas conjugações, com cores, formas e padrões. O medo de arriscar é deixado de lado e abraça-se então a autenticidade.
Este espaço contará com um leque alargado de expositores, incluindo empresas de embalagem, máquinas, serviços e softwares. A PortoJóia mantém-se como uma feira exclusiva para profissionais do setor e reserva quatro dias recheados de várias dinâmicas que destacam sobretudo tendências e os novos criadores.
Dentro das dinâmicas, é feito especial destaque a diversas talks e conferências, que vão debater sobre os temas quentes acerca do setor. Aquele que leva todos os holofotes, será protagonizado por José João Vilares, fundador da escola de joalharia contemporânea Engenho & Arte, sediada no Porto. “Histórias, Mitos e Curiosidades dos metais preciosos em Portugal” é o tema da conferência, que destaca tudo o que precisa de saber antes de comprar uma joia. A sessão decorre no dia 22 de setembro, sexta-feira, pelas 16 horas.
Num período em que surgem cada vez mais marcas de renome de joalharia e a emoção à volta da compra de uma joia, existem vários fatores importantes a ter em conta para evitar fraudes. “A lei obriga a que toda a joalharia, seja a mais pequena ou a de maior renome no País, a ter exposto um quadro com as marcas que tem à venda e que diga Empresa Nacional Casa da Moeda Contrasteria”. E ainda deve disponibilizar ao cliente uma lupa para confirmar se os quilates tanto do ouro, como a qualidade da prata, e também deve sempre pedir a certificação dos diamantes, se for o caso”, explica José João Vilares, à New in Porto.
Conhecer os tipos de ouro, compreender a sua marcação e sinalização de quilates, avaliar a relação entre qualidade, design e preço, podem ser alguns dos tópicos a explorar nesta conferência informativa e educativa para o consumidor.
“Sou o maior defensor de que as peças devem ser certificadas e contrastadas. E acima de tudo, os vendedores em cada joalharia, também devem ter o conhecimento se a peça é de fabricação portuguesa, se é de fábrico manual ou industrial, precisamente para transmitir esse tipo de informações aos consumidores”, alerta o joalheiro.
José João Vilares acrescenta ainda que os consumidores devem ter este cuidado e conhecimento, não tanto pelo valor monetário da peça que vão comprar, mas antes porque quando se trata de uma joia, falamos de uma peça que tem um valor emocional intrínseco à pessoa.
Espera-se que nesta edição do PortoJóia participem cerca de 100 empresas, representando um aumento em comparação com a edição anterior. “Edição após edição, celebramos o dinamismo e a inovação que descrevem a indústria. Voltamos a apresentar um evento que não só reúne designers, marcas e artesãos de renome, como também cria um ambiente propício para que partilhem as suas criações mais recentes e inovadoras. O esforço é sempre direcionado para proporcionarmos uma experiência excecional, que reflita as tendências emergentes, as tecnologias de ponta e as abordagens criativas que estão a moldar o futuro. O aumento do número de inscritos deixa-nos muito satisfeitos e demonstra a importância que esta feira representa para o setor”, destaca Amélia Estevão, diretora de marketing da Exponor.
A edição deste ano, como não podia faltar, apresenta uma novidade: a Oficina PortoJóia, em parceira com o Cindor, Centro de Formação Profissional do Setor da Ouriversaria e Relojoaria. Trata-se de um espaço dedicado ao que distingue e eleva a joalharia, a arte do savoir faire (saber fazer).