O mediático julgamento que opõe Johnny Depp à ex-mulher Amber Heard já segue na quarta semana. O tribunal do condado de Fairfax, Virgínia, nos Estados Unidos, recebeu uma moção da parte da atriz para arquivar o caso. Segundo a revista “People”, o pedido foi negado pelo juiz após ouvir os argumentos de ambas as partes.
Esta terça-feira, 3 de maio, antes da equipa da arguida Heard Heard trazer testemunhas a depor, o seu advogado Ben Rottenborn apresentou o caso, argumentando que a equipa de Depp não tem evidências suficientes para provar a difamação. O advogado do ator, Benjamin Chew, recapitulou os depoimentos das suas testemunhas até este ponto, afirmando que demonstraram como a carreira e reputação da estrela de Hollywood foi manchada pelo artigo publicado no jornal “Washington Post” em dezembro de 2018 — que é o centro do caso.
Chew acusou Heard — que ainda não depôs — de ser a verdadeira agressora da relação. Nas suas declarações finais contra o argumento do advogado de acusação, Rottenborn falou sobre as provas contestadas de abuso no caso apresentado pelo queixoso, acrescentando que Heard, de 36 anos, “não é a abusadora, e se o caso avançar, ela e as suas testemunhas apresentarão ainda mais provas da violência que sofreu às mãos do Sr. Johnny Depp”.
O advogado de Amber salientou ainda que o ator e algumas das suas testemunhas explicaram em tribunal que os maus tratos domésticos assumem várias formas, e não apenas físicas. E que sob esse mesmo padrão foi a estrela de “Piratas das Caraíbas” que agrediu a ex-mulher.
Uma das pessoas chamadas a depor por Johnny Depp foi a sua antiga conselheira matrimonial, Laurel Anderson. Esta testemunhou que Heard e o ator se envolveram em “abusos mútuos”. A especialista revelou ainda que viu múltiplos pequenos hematomas no rosto da atriz, numa reunião presencial. Em gravações de áudio com a conselheira, Amber admitiu ter atingido o então marido.
Depois de rever todas as provas, a juíza Penney Azcarate negou a moção, dizendo que o “peso das provas está à altura dos factos”, o que significa que vai deixar que o júri decida se a opinião de Heard Heard foi de facto difamatória, à medida que o julgamento continua.
A moção da equipa jurídica de Heard vem depois de a atriz de “Aquaman” ter decidido mudar as suas equipas de relações públicas.
Leia o artigo da NiT que conta a história surpreendente de vida de Amber Heard.