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Cinema Batalha leva ao ecrã todos os grandes filmes de David Cronenberg

A retrospetiva “Às Voltas com Cronenberg” decorre entre 8 de setembro e 15 de dezembro.
O drama e suspense de "Cosmopolis" (2012) está incluído no programa.

Poucos filmes exemplificam na perfeição a estética e o estilo de David Cronenberg como o seu grande êxito de 1986, “A Mosca”, no qual um cientista assiste horrorizado à sua lenta transformação numa espécie de híbrido humano/mosca. Pois bem, é na mente do criador que o Cinema Batalha pretende mergulhar no seu próximo ciclo de cinema, numa retrospetiva pela carreira do cineasta canadiano.

No programa estão incluídas todas as longa-metragens, curtas inéditas e ainda filmes que marcaram o realizador. Também estarão em exibição obras que influenciaram diretamente o seu cinema, de autores como Nicolas Roeg, Julia Ducournau, Jeremy Shaw, Isadora Pedro Neves Marques, e muitos outros. 

O ciclo abre na sexta-feira, 8 de setembro, por volta das 21h15, com a obra “Stereo” de 1969, primeira longa-metragem de Cronenberg. Nesta sessão está ainda incluída a curta “Introduction to The Memory Personality” (2012), de Jeremy Shaw.

Serão também apresentadas obras como “Crimes of the Future” (1970 e 2022), “Scanners” (1981), “Crash” (1996), “eXistenZ” (1999), “Eastern Promises” (2007), “A Dangerous Method” (2011) e “Maps to the Stars” (2014).

No programa estão ainda incluídas duas sessões especiais. O 50.º aniversário do clássico do terror britânico, “Don’t Look Now” (1973), de Nicolas Roeg, que segundo o cineasta canadiano, é o filme mais assustador que alguma vez assistiu. Já no dia de todos os Santos, ou Halloween, para quem preferir, poderá assistir a obra “Raw” (2016), de Julia Ducournau, admiradora confessa de Cronenberg.

No sentido do programa Famílias, no sábado, 23 de setembro, por volta das 15h15, será exibida “A Lenda da Serpente Branca” (1985), de Taiji Yabushita, a primeira longa de animação a cores do Japão que influenciou o cinema de animação do país, desde o animé às obras do Estúdio Gibhli de Miyazaki. À semelhança da obra “The Fly” do cineasta Cronenberg, esta longa japonesa representa a metamorfose do homem no animal. 

Ao longo dos anos, Cronenberg construiu um percurso entre o terror e a ficção científica, com o objetivo de abordar as inquietações sobre as idiossincrasias e contradições humanas da sociedade contemporânea. Em cinco décadas, trabalhou muitas vezes afastado do circuito comercial e dos pressupostos de Hollywood. A estética da sua filmografia está edificada à volta de uma lente mais visceral ou metafórica, que coroou-o mestre do body horror. 

Pode acompanhar todas as informações relacionadas com o programa dedicado a Cronenberg aqui. 

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