cultura

Cineclube MUTIM está de regresso ao Porto com mais uma sessão de cinema gratuita

Sob o mote “Desassossegadas”, o clube lisboeta traz quatro filmes de quatro realizadoras portuguesas ao norte.
Poderá assistir à mais recente curta-metragem de Alexandra Ramires.

A Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento (MUTIM) é uma associação de profissionais que trabalham no cinema e na indústria audiovisual, em Portugal. Fundado em abril de 2022, o projeto conta com mais de 100 associadas pelo País. A associação organiza sessões de cinema e debate, que servem como uma oportunidade de partilha e reflexão coletiva.

Em outubro de 2023, com o apoio da Casa das Artes e do Cineclube do Porto, a revolução feminina queria marcar presença no Porto, trazendo a sua primeira sessão na altura. Com o objetivo de promover as artes audiovisuais criadas por mulheres e contribuir para a formação de um pensamento crítico acerca de representação, o MUTIM prepara a segunda edição já este fim de semana no Porto.

Esta nova sessão de cinema, marcada para o próximo sábado, 6 de abril, pelas 21h30, promete inquietar o público com quatro filmes de quatro realizadoras. Todas elas assumem-se como “desassossegadas” pelos vários temas que as levaram a não ficarem quietas (nem caladas) e a realizarem filmes, que já percorreram festivais de cinema nacionais e internacionais, arrecadando vários prémios.

Assim, a realizadora Alexandra Ramires traz a curta-metragem “ELO”, com 11 minutos de duração, que numa estética invulgar, retrata a adaptação de duas personagens ao cair da noite. Ainda no universo da animação, será exibido o filme “Comezainas”, de 12 minutos, da realizadora Mafalda Salgueiro. Uma ode da realizadora ao trabalho invisível do cuidado incondicional, através da comida e as receitas geracionais, entrelaçando histórias pessoais com gestos de afeto e dinâmicas do quotidiano familiar.

Num outro ritual, a realizadora multi-premiada Mónica Santos apresenta a curta-metragem “Palma”, com 18 minutos. O enredo junta tradição, flores e um simbolismo que conduz à descoberta e à luta contra a dor de uma perda.

Por fim, será apresentado o ensaio documental “Lugares de ausência” de 28 minutos, da realizadora Melanie Pereira. Uma viagem que tenta descobrir a relação entre as mãos cobertas por cimento, lama, pó ou com luvas amarelas de limpeza ou azuis de construção. Mãos que, em vez de construírem casas, constroem filmes.

A sessão decorre na Casa das Artes, é de entrada gratuita e conta com a presença das realizadoras para partilha e reflexão em conjunto. A estação de metro de Casa da Música fica próxima do espaço.

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