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Cinema, performances e masterclasses: Family Film Project regressa ao Porto

A 13.ª edição do festival decorre nos dias 15 a 19 de outubro no Batalha Centro de Cinema, no Museu Nacional Soares dos Reis e na Casa Comum.
“Let Each One Go Where He May” abre a homenagem a Ben Russell.

O Family Film Project é um Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Memória e Etnografia, que teve início no Porto em 2012 e recebe obras de diferentes géneros, do documentário ao experimental, das curtas às longas-metragens. O evento procura enaltecer os desafios do cinema na sua dupla faceta, testemunhal e artística.

Além das sessões de cinema, o Family Film Project organiza vários tipos de eventos culturais paralelos, como exposições e instalações, que podem prolongar-se para lá da data do festival. Há também filmes-concerto, performances em diversos locais da cidade, masterclasses, conferências e lançamentos de livros focados na dimensão estética e antropológica do cinema.

A 13.ª edição do evento regressa à cidade entre os dias 15 e 19 de outubro, terça-feira a sábado, dividindo-se entre o Batalha Centro de Cinema, o Museu Nacional Soares dos Reis e a Casa Comum da Universidade do Porto. O tema central desta edição é o cinema enquanto espaço de experimentação. 

Este tema será abordado com a obra de Ben Russel, cineasta e artista multidisciplinar americano. O seu extenso trabalho foca-se no cruzamento entre a etnografia experimental e o psicadelismo, estendendo-se do cinema à performance e à instalação.

A obra de Russell, que já percorreu festivais e instituições de renome como Veneza, Roterdão, Locarno e Berlinale, será apresentada a partir de uma seleção de filmes, havendo ainda lugar para uma masterclass, performance e uma conversa. Em destaque está a exibição da sua primeira longa-metragem “Let Each One Go Where He May” (2009), a 16 de outubro, pelas 21h15, assim como a sua mais recente obra, “Direct Action” (2024) dia 19, às 16 horas.

Além da exibição de 15 filmes, o foco inclui a performance “Conjuring” no dia 17, às 21h15, e uma masterclass agendada para dia 19, às 14h30, que refletirá sobre o percurso e abordagem do cinema. A programação dedicada ao artista termina no dia 18, às 21h15, com a exibição de “The Invisible Mountain” (2021), uma das suas obras mais pessoais, que também encerrará o festival.

De 15 a 17 de outubro, a secção competitiva do festival continua a apostar em novas abordagens ao cinema de arquivo, memória e etnografia, com uma seleção de quase 30 filmes, de 17 países, incluindo quatro curtas portuguesas. Os projetos inserem-se em três zonas temáticas, “Vidas e Lugares”, “Memória e Arquivo” e “Ligações”, abrindo ainda, como é habitual, espaço para filmes de ficção e animação.

Em parceria com o Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, para além das masterclasses, o ciclo “Private Collection” desta edição faz parte do evento dedicado ao pensamento de Michel Foucault, juntamente com o colóquio “Biopolítica Heterotopia Arquivo e Resistência”. A primeira performance, de Susana Caló e Godofredo Enes Pereira, terá lugar na sala de estátuas do Museu Nacional Soares dos Reis, pelas 17 horas do primeiro dia do festival. Seguidamente, na Casa Comum, entra as 18 horas e as 19h30, haverá uma conferência-performance de Mischa Twitchin, Sara Carinhas e Sónia Carvalho.

Para os mais novos há ainda a oficina “Eu, na minha cidade”, dirigida pela cineasta Tânia Dinis, cujas colaborações no festival têm sido um sucesso entre o público infantojuvenil. O programa inclui ainda uma vídeo-instalação de Hugo Mesquita, criada a partir dos filmes experimentais de Karen Akerman, Miguel Seabra Lopes, Steven McInerney e Alexander Schellow, que estará em exibição no Batalha Centro de Cinema ao longo de toda a semana. 

O preço dos bilhetes para as sessões começa nos 4€. Podem ser obtidos online, onde também poderá consultar toda a programação. A estação de metro dos Aliados é a mais próxima dos três locais que recebem o festival de cinema.

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