O novo ano trouxe novidades ao Batalha Centro de Cinema, que arranca com uma nova equipa de curadores convidados para a “Seleção Nacional”, um programa quinzenal da entidade que celebra o que de melhor se faz no grande ecrã no nosso País. Carlos Natálio, professor e crítico de cinema, Joana Gusmão, produtora e programadora, e Luísa Sequeira, cineasta e programadora, compõem a equipa que irá levar produções do cinema nacional aos portuenses e não só.
A seleção de filmes apresentada pretende abordar os diversos territórios e transgressões do cinema nacional, em diferentes épocas. O primeiro capítulo, intitulado “Subsolos”, foca-se em campos tradicionalmente menos explorados pela cinematografia nacional: o fantástico, o terror e o sobrenatural. Neste género, os cineastas “procuram semear, tirando partido das codificações do género, temas fundamentais para a compreensão das comunidades, dinâmicas sociais e psique portuguesas”, tal como explicam em comunicado.
Este segmento arranca esta quarta-feira, 8 de janeiro, pelas 21h15, com a exibição de uma espécie de alucinação do cinema mudo. “A Dança dos Paradoxismos”, de Jorge Brum do Canto, inclui música ao vivo dos Ilusão Gótica, o projeto experimental dos membros da banda portuense Conferência Inferno. No dia 22 deste mês, quarta-feira, pelas 19h15, é a vez de “Mal Nascida”, de João Canijo, com Anabela Moreira e Gonçalo Waddington no elenco.
O capítulo “Subsolos” estende-se até abril, com filmes de Barbara Vírgina, Luís Noronha, Solveing Nordlund, entre outros cineastas ainda por anunciar. As sessões decorrem quinzenalmente, sempre às quartas-feiras. As entradas custam 5€ e podem ser compradas online ou na bilheteira do Batalha.
Em janeiro também há sessões com entrada gratuita
Salomé Lamas é a artista convidada para, durante o mês de janeiro, apresentar uma série de filmes inseridos na iniciativa “Contemporânea Film(e)”, um projeto de curadoria de filmes e vídeos dedicado à arte contemporânea. A artista abordará uma seleção de filmes que exploram temas como ecofeminismo, crises ecológicas, visibilidade e invisibilidade política, bem como resistência a sistemas de poder.
Salomé convida a uma reflexão sobre as ligações entre o ser humano, a natureza e os impactos globais da ação humana, propondo novas formas de relação e cuidado com os ecossistemas e as comunidades marginalizadas. A seleção da artista será exibida na sexta-feira, 10 de janeiro, a partir das 19h15, composta por obras de Barbara Hammer, Hito Steyerl, Marwa Arsanios, Ursula Biemann e Vivienne Dick.
A entrada é gratuita mediante levantamento de bilhete no próprio dia, com a limitação de dois bilhetes por pessoa. A estação de metro do Bolhão fica próxima do Batalha Centro de Cinema.