Para Nuno Melo, o seu trabalho enquanto cantautor tem-se desenvolvido desde o momento em que a primeira guitarra lhe caiu nas mãos aos 11 anos. Desde aí, tem vindo a compor as suas próprias canções. “Apesar de só ter levado a música a sério, quando estava a estudar Psicologia, não mudava o meu percurso até hoje. Se tirasse algumas das experiências que vivi, não estaria onde estou hoje, e onde estou é bom”, começa por revelar à NiP.
Após quase 20 anos como músico profissional, atuando como instrumentista e compositor em vários projetos do panorama nacional e internacional, surge agora como artista a solo. “Ao longo dos anos tenho tido a oportunidade de trabalhar em grande projetos artísticos. Mas tive sempre de me limitar a estilos em específico, esta é a minha oportunidade de honrar as minhas inspirações mais pessoais, o que oiço há anos e poder compilar tudo num disco sem partilhar muito os arranjos e as letras”, admite.
“Fora de Formato” é, assim, o álbum que o estreia no panorama musical como artista a solo. Trata-se de um conjunto de canções que têm vindo a ser tricotadas há vários anos. “Há letras que estão escritas há mais de dez anos, outras já foram gravadas em 2015 e, de repente, já estamos em 2024”, acrescenta.
O álbum apresenta um patchwork de géneros, estilos e ambientes, desde fado, à afrobeats, até ao pop rock ou algo mais soft. Contudo, apesar de se apresentar agora como artista a solo, não está sozinho. O trabalho foi realizado com a co-produção de Edu Mundo. “Tenho a sorte de ter grandes amigos de longa data como o Edu, é ‘malta’ que me acompanha e tem estado comigo no meu estúdio e, sem nos apercebermos, acabámos por gravar o meu primeiro disco. O que quero é autenticidade nas canções, nos temas e nas palavras”, afirma.
Em palco, o músico faz-se acompanhar por Edu Mundo na bateria e voz, João Luzia na guitarra, Gonçalo Palmas nas teclas, Manu Idhra na percurssão e Miguel Pinto no baixo. O disco já foi apresentado no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery a 15 de março e, mais recentemente, no dia 2 de abril, em Coimbra. Embora não tenha mais datas confirmadas, o artista convida o público a descobrir os diversos estilos musicais que compõem o disco.
“Todas as músicas dizem o que sinto, claro que depende do dia, mas é isso que torna a música tão genuína e mal posso esperar por saber a opinião do público. Ainda que esteja cansado destas músicas, que conheço e oiço há anos, já estamos a pensar num segundo álbum, ainda muito neste registo de diversos estilos musicais, mas trabalhando em novas letras, novas canções”, revela.
“Polka Dot” e “O que achares melhor” foram os dois primeiros singles usados para apresentar o novo álbum do músico portuense. Se quiser comprar o CD, poderá encomendá-lo através das redes sociais do artista.