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Heard sofre de transtornos de personalidade que motivam “comportamentos extremos”

O diagnóstico foi feito por psicóloga contratada pelos advogados de Depp, que avaliou a saúde mental da atriz durante dois dias.
A atriz sofre de medo de abandono.

No decorrer do julgamento em curso que opõe Johnny Depp a Amber Heard, que processa a ex-mulher por difamação, a atriz foi diagnosticada com dois transtornos de personalidade. A avaliação foi apresentada esta terça-feira, dia 26 de abril, pela psicóloga Shannon Curry, contratada pelos advogados de Depp para depor sobre o caso.

De acordo com a especialista em psicologia clínica e forense, teve oportunidade de analisar a saúde mental de Heard em dois momentos distintos. Nos dias 10 e 17 de dezembro de 2021, passou cerca de 12 horas com a atriz para tirar as conclusões. Além disso, para o depoimento, apoiou-se em documentos do caso, registos médicos, tratamentos de saúde mental e vários registos de áudio e vídeo.

O diagnóstico implica que Amber Heard sofre de transtorno de personalidade borderline e de personalidade histriónica. No caso da primeira, estão presentes características como sentimentos intensos e polarizados, raiva interna e hostilidade e uma forte flutuação nos estados de ânimo. No segundo distúrbio, existe um padrão de emocionalidade excessiva e necessidade de atenção.

Curry, cuja experiência passa pelo trabalho com veteranos de guerra norte-americanos, referiu ainda que Amber não sofre de um transtorno de stresse pós-traumático. Este depoimento confirma que o comportamento da atriz não é o resultado de uma alegada agressão. No entanto, sublinha o medo de abandono demonstrado pela acusada, uma das características da personalidade borderline — pessoas que apresentam este transtorno tendem a sentir angústia de abandono de forma extremada.

“Quando alguém tem medo de ser abandonado e tem esse transtorno, comete ataques desesperados para evitar que isso aconteça”, disse a psicóloga ao “The Independent”. “E essas tentativas desesperadas podem ser agressões físicas, podem ser ameaçadoras, podem passar pelo auto-flagelo, mas são comportamentos muito extremos e muito preocupantes para as pessoas à sua volta.”

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