No fim de semana passado, 26 e 27 de outubro, decorreu a sexta edição do Porto Drum Show, o conceituado e tão aguardado evento que junta alguns dos melhores bateristas a nível nacional e internacional no Porto. O objetivo é educar através da música, e este ano, as expectativas foram superadas.
“Podemos dizer que esta edição foi a melhor de todas. Vimos caras amigas e que já nos acompanham desde a primeira edição, mas também conseguimos atrair caras novas, sobretudo entre os mais novos. Tivemos uma grande afluência, de todas as idades, mas o que nos surpreendeu foi ver caras mais novas, muitos jovens associaram-se a esta festa que junta alguns dos melhores bateristas do mundo”, começa por contar Hugo Danin, organizador e fundador do evento, à NiP.
O festival arrancou excecionalmente na noite de sexta-feira, 25, com o concerto do baixista prodígio espanhol, Vicen García. Já no sábado e domingo, dias 26 e 27, o cartaz foi o responsável pela grande afluência de pessoas que encheram a Alfândega do Porto. À NiP, a organização revelou ter recebido uma média de 2 mil pessoas por dia, tendo superado o número de visitantes de edições passadas. Só na edição de 2023, registaram-se cerca de 1.500 pessoas por dia.
“O cartaz também ajudou muito a chamar a atenção de portuenses, jovens e adultos, e mais. Era mais do que uma mão cheia de ilustres da bateria e não só, e pelo que as pessoas falavam, este ano apresentámos o melhor cartaz de sempre, deste tipo de eventos”, revela o responsável.
Nos últimos anos, este evento tem vindo a ganhar maior dimensão, com um crescimento de mais de 40 por cento em todas as edições. É no Porto, que acontece o segundo maior evento da Europa neste contexto e o feedback deste ano não podia ser melhor. Apesar de mais de 40 por cento dos visitantes serem estrangeiros, oriundos de países como Itália, Inglaterra, França, Espanha, entre outros, o número desta edição diminuiu, conseguindo atrair um maior número de portuenses e portugueses, no geral.
“Fica demonstrado que, com este tipo de evento musical, exposições de instrumentos e puro entretenimento musical para todos, conseguimos fazer renascer o contacto do público com as empresas nacionais e internacionais, permitindo o contacto com criadores, construtores de instrumentos, ver de perto todas as novidades desta indústria e conseguimos isso tudo graças ao apoio de muita gente, mas principalmente pelo facto de termos conseguido fazer deste evento algo muito divertido, com momentos de entretenimento incríveis”, acrescenta.
E defende: “Este tipo de crescimento apenas é possível graças a todas as pessoas envolvidas e ao seu árduo trabalho, mas também ao público, que ano após ano continua a acreditar em nós”.
Ao todo, a sexta edição do Porto Drum Show juntou mais de dez apresentações, sendo que a favorita entre o público foi a do Keith Carlock, americano que tocou ao lado de Sting, Steely Dan, John Mayer, Toto e muitos outros. A este nome juntaram-se outros ilustres bateristas como Chris Coleman, Ash Soan, Thomas Lang, Craig Blundell, Camille Bigeault e Morritz Müller. Falamos de artistas que já tocaram para Adele, Beck, Snow Patrol, Kelly Clarkson e Alice Cooper.
A batida também deu destaque ao premiado português Mário Costa (que ganhou o melhor álbum de jazz dos Play) e o luso-brasileiro, Alexandre Frazão. Além dos concertos ao vivo, o evento incluiu dinâmicas como workshops e exposições, servindo de palco para o desenvolvimento e apoio à divulgação de marca, com mais de 30 empresas nacionais e internacionais ligadas ao setor da música.
Entre as atividades paralelas aos concertos, o destaque foi para o JOCAVI Stage, onde passaram nomes como Tatanka (The Black Mamba), Daniel Cardoso, Mariana Gomes, Iuri Oliveira, Alex Antunes e o projeto Mr. Beans Collective. Já a Education Zone foi o spot favorito entre os miúdos e jovens, onde tinham a oportunidade de “subir ao palco” e ter os holofotes virados para eles, tendo a oportunidade de serem bateristas por um dia.
Ainda sem datas confirmadas para o próximo ano, Hugo Danin, promete e assegura à NiP: “É para continuar”.
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