No mês em que faria 85 anos, a Universidade do Porto inaugura a exposição “José Rodrigues, o Guardador do Sol”, que percorre 30 anos da vida e obra do artista. Tudo para ver até ao final do ano, na Casa Comum do edifício da Reitoria.
Nascido em Angola, José Rodrigues veio para Portugal com 16 anos para estudar e foi por cá que o artista se destacou não só como aluno mas também como professor da Escola Superior de Belas Artes do Porto. A sua obra abrange áreas tão distintas como desenho, escultura, gravura, ilustração, cenografia e medalhística.
Parte da mostra centra-se no período em que o artista esteve na Guerra Colonial, que o fez regressar a Angola para combater. Mais do que uma exposição, pode dizer-se que esta é uma experiência multi-sensorial, uma vez que é possível não só ver como tocar e ouvir a obra de José Rodrigues.
Este lado tem a ver também com a ideia de inclusão que o próprio artista defendia. Assim, está preparada para incluir pessoas com diferentes tipos de problemas de inclusão ou sensoriais. “Na exposição, os cegos vão poder aceder a uma áudio-descrição de algumas peças e tocar em esculturas e reproduções bidimensionais que permitem identificar o relevo dos contornos dos quadros”, explica a Universidade no seu site.
A título de curiosidade, o nome “O Guardador do Sol” incluído no título da exposição foi também ele o título dado por José Rodrigues à sua prova de conclusão de curso, classificada com 20 valores.
A exposição pode ser visitada, de segunda a sexta-feira das 10 horas às 13 horas e das 14h30 às 17h30, e aos sábados, das 15 horas às 18 horas. A mostra é de entrada gratuita e está patente até 30 de dezembro.
