Um “caminho de modernidade e descoberta”. Este é o mote da 45.ª edição do Fantasporto — Festival Internacional de Cinema do Porto, que regressa ao Batalha Centro de Cinema. O evento cinematográfico mais importante da cidade arranca a 28 de fevereiro, sexta-feira, e estende-se até 9 de março, domingo. A inauguração será marcada pela estreia mundial de “Criadores de Ídolos” do português Luís Diogo. O encerramento ficara a cargo do cineasta Danny Turkiewicz com “Stealing Pulp Fiction“.
Não é habitual o Fantasporto contar na sua abertura oficial com uma produção nacional. Contudo, Luís Diogo, um dos realizadores de cinema português mais premiados, aposta no festival para o lançamento mundial da sua nova produção, que está também entre as candidatas para os prémios do evento.
O filme conta a história de Sofia, uma jovem de 22 anos que descobre que o pai e o avô pertencem à “Ordem dos Criadores de Ídolos”, responsável por planear e executar as mortes de Sócrates, John F. Kennedy, Elvis, Marylin Monroe e outras personalidades para se transformarem em ídolos. Para Sofia ser a primeira mulher a integrar a Ordem, deverá planear a morte de uma celebridade e transformá-la num ídolo. A obra junta grandes nomes da televisão portuguesa como José Fidalgo, Ricardo Carriço, Oceana Basílio, entre outras.
A organização destaca ainda a exibição de filmes vindos de países como China, Filipinas e Japão. “Destes países contaremos com a apresentação de diversas antestreias mundiais vindas de empresas como a Paralax, Emperador, Toho, Sony, Pony Canyon, Toei, Fuji Film ou Warner Japão, com filmes realizados por nomes marcantes do cinema atual”, salientam.
De produção europeia, o Fantasporto traz vencedores de prémios em Cannes e Veneza, bem como candidatos às nomeações dos Óscares. Pelo Batalha vão passar ainda obras da América do Sul e da Nova Zelância, assim como a estreia do cinema de Singapura no festival.
“Significativa será também a seleção dos filmes que nos chegarão do Canadá, dos Estados Unidos da América e até de Portugal. O cinema do Irão está de volta, depois de já ter vencido, no último Fantasporto, a melhor curta-metragem do festival”, acrescenta a organização.
Nesta edição, Taiwan será a cinematografia homenageada, com uma dezena de filmes que exploram a sua história do cinema, projetando ainda uma retrospetiva sobre a história da mulher desde a década dos anos 70 até à atualidade.
Pelo menos dois mil filmes de 75 países estiveram entre o processo de seleção
Este ano, o festival de cinema recebeu para seleção 1.200 curtas-metragens e 600 longa-metragens, oriundas de 75 países dos quatro cantos do mundo. A competição de longa-metragens apresenta 23 inéditos ou em antestreia e 28 curtas. Entre as longa-metragens, algumas das obras em competição são “Sana: Let me Hear” de Takashi Shimizu ou “Everyone is Going to Die” de Craig Tuohy. Na categoria de curtas, destacam-se “Marimonda” de David David ou “Crazy Lotus” de Naween Noppakun.
O Fantasporto traz ainda a “Semana dos Realizadores”, uma competição exclusiva para o cinema nacional e um prémio dedicado a filmes de escolas. Além das sessões, o festival propõe-se a discutir o audiovisual num evento paralelo. Falamos das “Movie Talks”, iniciativa que, tal como explica a organização, vai abordar alguns dos temas mais importantes do cinema atual. “Em 2025, os focos são as primeiras produções e como fazê-las, bem como os perigos e vantagens da Inteligência Artificial”, explicam.
Pode consultar a programação completa online. Os bilhetes já se encontram à venda e podem ser adquiridos no site do Fantasporto ou presencialmente no Batalha. O preço do bilhete por sessão é de 5€. Se quiser comprar dez ou 15 sessões, o valor é de 40€ e 50€, respetivamente. Há ainda um passe de “Livre Trânsito” para todas as sessões de cinema, à venda por 70€.
