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Mais de 50 filmes: IndieJúnior volta ao Porto para mostrar o melhor do cinema infantil e juvenil

O festival vai passar por sete espaços da cidade e convida a uma reflexão sobre a comunidade. Bilhetes já estão à venda.
Marque na agenda dos miúdos.

A 9.ª edição do IndieJúnior Porto está de regresso a sete espaços do concelho, de 27 de janeiro a 2 de fevereiro. O Batalha Centro de Cinema, a Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto, o Maus Hábitos, a Biblioteca Municipal Almeida Garrett, o Coliseu Porto Ageas, o Museu Nacional Soares dos Reis e a Galeria da Biodiversidade vão receber um festival que pretende mostrar o que de melhor se faz no cinema infantil e juvenil.

Ao todo, vão ser sete dias intensos, durante os quais vão ser exibidos 57 filmes — dos filmes a concurso, 44 são curtas metragens e dez são produções portuguesas. A edição de 2025 pretende ser uma celebração da comunidade, através do poder transformador do cinema. “Há nove edições, quando nasceu o IndieJúnior, eram poucos os filmes adaptados para o público infantil e juvenil que pudéssemos ver no grande ecrã. Essa é a grande importância deste festival”, começa por explicar Irina Raimundo, da direção artística do evento.

E acrescenta: “O cinema é feito em comunidade e para a comunidade. O nosso objetivo é abrir uma janela de luz positiva para construir um mundo melhor, com mais empatia”, defende. 

Nesse sentido, o IndieJúnior Porto 2025, irá refletir — sempre adaptado ao público mais novo, questões de grande importância e conjuntura atual como migrações, guerras, os desafios da infância e da juventude, sempre com visões positivas, alternativas e empáticas, que pretendem “revelar o espírito da interajuda, do poder e do coletivo”. A missão é, de uma forma criativa e transformadora, celebrar as salas de cinema como verdadeiros espaços de partilha, de reflexão e de diferentes cruzamentos de histórias e culturas.

O festival divide-se em duas vertentes. Sessões escolares, que decorrem ao longo da semana e direcionam-se aos miúdos entre os três aos seis anos, das escolas do distrito do Porto. Já o fim de semana será dedicado às sessões em família, onde todos os portuenses estão convidados, miúdos e adultos. Ambas as sessões incluem exibição de filmes, oficinas e outras atividades paralelas.

Antes do festival arrancar, a sessão de warm up para miúdos a partir dos três anos, acontece na Casa Comum, a 18 de janeiro, pelas 16 horas. A sessão inclui a exibição de filmes escolhidos a dedo e sobre comunidades. A entrada é livre.

Já no primeiro dia do festival, segunda-feira, 27, será realizada a cerimónia de abertura que, além da apresentação de uma seleção particular de filmes, será marcada por um encontro entre organizadores, professores, pais e parceiros, que tornam possível a plena vivência do festival pelo seu público alvo: bebés, miúdos, adolescentes e jovens.

Nas sessões escolares, é feito especial destaque ao projeto educativo “Eu Programo um Festival de Cinema”. Durante a semana, participantes das escolas vão poder conversar e ver os filmes escolhidos e programados por jovens das quatro turmas envolvidas neste projeto: alunos do 3.º ciclo do Agrupamento de Escolas da Maia, os alunos do 6.º ciclo do Agrupamento de Escolas de Saores dos Reis (Vila Nova de Gaia), os alunos do 9.º ciclo da Escola Secundária João Gonçalves Zarco (Matosinhos) e os alunos do 11.º ciclo da Escola Secundária Filipa de Vilhena (Porto). 

Os miúdos vão ainda assistir a um conjunto de filmes portugueses e conversar com cineastas e equipas. O “Cinema no Maus Hábitos” acontece finalmente este ano, numa colaboração com o Festival Porto Femme. Inclui uma sessão de curtas que aborda dimensões variadas num percurso de crescimento e de vida desde uma perspetiva feminina. De regresso ao Coliseu Porto Ageas está o Cinema de Colo, para juntar a comunidade de pais com bebés e miúdos pequenos, para ver cinema pela primeira vez, num espaço cenográfico acolhedor e livre para explorar.

Na rubrica “O Meu Primeiro Filme”, que se dedica a mostrar clássicos de cinema, o festival convidou a vice-reitora da Universidade do Porto, Fátima Vieira. A escolha dela recai em “O Feiticeiro de Oz” de Victor Fleming. A sessão está marcada para 1 de fevereiro, seguido de uma conversa com a mesma, para promete partilhar as suas memórias e a importância que este filme teve na sua infância.

Nas atividades paralelas, para promover projetos de cinema português para miúdos e jovens, será realizada uma masterclass sobre o projeto “7 Caixas”, série da RTP para a infância, na Escola Artística Soares dos Reis. Haverá lugar ainda para uma conversa sobre “Financiamento de Filmes para a Infância”, com o apoio do Centro de Informação Europa Criativa, e um encontro sobre “Filmes Feitos em Comunidade” onde se vão discutir três projetos de filmes portugueses feitos em diferentes contextos, em território nacional.

Na competição de curtas, destacam-se as sessões “Comunidades de Curtas I e II”, com filmes como “Percebes”, “Tudo Boas Massas” ou “Uma Guitarra à Deriva”, que tratam questões próximas à temática do festival, como localidade, família e emigração. Estas e outras curtas vão a concurso para três prémios.

O prémio do público, que será definido pelas pessoas que passem pelo festival através da votação nas sessões; o prémio Impacto, oferecido pela Reitoria da Universidade do Porto e que visa premiar um filme pela importância temática, cuidado estético e criatividade — a escolha será feita por um júri constituída por membros da faculdade e jovens estudantes do ensino secundário. 

Por fim, o prémio APEI (Associação de Profissionais de Educação de Infância) que terá nesta edição o seu primeiro ano de existência, numa parceria importante para o festival e que permitirá destacar com maior atenção, um filme de competição, destinado à primeira infância.

Para terminar, o fim de semana será em cheio e variado, mas o destaque vai para domingo, com o Cineconcerto Comunidades, que inclui uma variedade de filmes unidos através da música e do violino de Inês Lapa. Para encerrar, e como já é hábito, um DJ set e matiné dançante com a artista residente, Miss Playmobil.

Espreite na lista abaixo algumas das sessões que pode assistir. Pode consultar a programação na íntegra online. O bilhete para as sessões de cinema custa 5€, para o Cinema de Colo custa 6€ e para o Cineconcerto são 7€. Os ingressos podem ser obtidos online ou no Batalha Centro de Cinema. As oficinas são gratuitas.

Quarta-feira, 29 de janeiro

21 horas — Cinema no Maus Hábitos.

Sábado, 1 de fevereiro

10h30 — Curtas toda a família, no Batalha Centro de Cinema.

10 às 17h30 — Cinema de Colo, no Coliseu Porto Ageas.

14h30 — Curtas Comunidade I, no Batalha Centro de Cinema.

14h30 — Oficina familiar de psicologia “Q Piano que há em Nós”, no Batalha Centro de Cinema.

15h45 — O Meu Primeiro Filme, “O Feiticeiro de Oz”, no Batalha Centro de Cinema.

Domingo, 2 de fevereiro

10 horas — Ligações vivas: A comunidade biótica, na Galeria da Biodiversidade.

10 horas — Pousão em movimento, quatro aos oito anos, no Museu Nacional Soares dos Reis.

10 às 16h45 — Cinema de Colo, no Coliseu Porto Ageas.

12 horas — Oficina familiar de psicologia “Estamos a Sentir?”, no Batalha Centro de Cinema.

14h30 — Oficina familiar de psicologia “Família: A comunidade de todos os dias”, no Batalha Centro de Cinema.

16 horas — Cineconcerto, no Batalha Centro de Cinema.

17 horas — Matiné dançante.

 

 

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