Durante uma semana, de 27 de janeiro a 2 de fevereiro, a nona edição do IndieJúnior Porto deu a conhecer mais de 50 curtas para infância e público juvenil num ambiente de festa e de partilha de conhecimento em comunidade, tendo sido este o tema central. Segundo a organização, “esta foi a melhor de sempre” com mais de 8.500 espectadores, entre público escolar e familiar.
Das curtas metragens nacionais e internacionais a concurso, “A Menina com os Olhos Ocupados” conquistou o júri do Prémio APEI (Associação de Profissionais de Educação de Infância), constituído, pela primeira vez, nesta edição para premiar um filme para a primeira infância. A curta é da autoria de André Carrilho e destacou-se, segundo a organização, pela “abordagem pertinente e sensível e o uso excessivo do telemóvel, uma problemática tão presente na sociedade atual”.
O cuidado estético e criativo, onde a aguarela parece ganhar “vida própria” foi outra das valências do filme, bem como a fusão harmoniosa entre imagem, som e música, capaz de conduzir o espectador numa viagem empolgante e de descoberta. O cineasta recebeu 250€ de prémio.
O mesmo júri atribuiu ainda a Menção Honrosa à curta “Sr. Frágil” de Emilia Miekisz, “pela originalidade e criatividade com que transforma objetos do quotidiano infantil como blocos de construção, em elementos narrativos”, revela a organização.
Por outro lado, o Prémio Impacto, oferecido pela Universidade do Porto no valor de 1.000€, foi para o filme de Augusto Zanovello, “Lola e o Piano Barulhento“. O júri, composto por elementos da academia e jovens estudantes do ensino secundário, enfatizou não só o “encanto e a ternura da história”, como a “audácia de conseguir propor uma solução replicável e mesmo científica, que mostra um caminho de integração na comunidade exequível, humana e sensível”.
Já a Menção Honrosa foi atribuída a “T-Zero” de Vicente Nirõ. A curta aborda a problemática da habitação nos centros históricos das cidades.
O Prémio do Público, com um valor de 500€, é escolhido pelos espectadores de todo o festival e é apurado através de votações finais feitas em boletim de voto distribuído no fim das diferentes sessões. Este ano, o grande vencedor foi a ficção “Francisco Perdido” de Frederico Mesquita, que relata a história de um adolescente de 12 anos, um amor que não é retribuído e um encontro fortuito que corre de forma inesperada.
O IndieJúnior Porto 2025 contou com 85 sessões e mais de 50 filmes em sala. A próxima edição promete “ser especial”, momento em que serão assinalados os dez anos do IndieJúnior na cidade do norte. “As novidades serão muitas assim como as descobertas. A décima edição do IndieJúnior Porto regressa em janeiro de 2026”, afirma a organização.
Já que estamos a falar de filmes, carregue na galeria para conhecer as estreias e os regressos à televisão portuguesa e ao streaming em fevereiro.