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Porta-Jazz ao Relento regressa ao Porto com 4 noites de concertos gratuitos

O festival inclui apresentações de discos, projetos originais e colaborações entre músicos, nos Jardins do Palácio de Cristal.
Haverá date mais romântico?

Em 2021, nos Jardins do Palácio de Cristal, Joana Raquel e Daniel Sousa deram um concerto que se destacou pela fusão entre a voz dela e o saxofone dele. A apresentação, que contribuiu para aproximar o público jovem do jazz, tornou-se um dos momentos mais comentados dessa edição do Porta-Jazz. O duo, intitulado 293 diagonal, voltou a integrar o alinhamento do festival em 2023, onde apresentou o LP “Membrana”.

Agora, a sonoridade inovadora da dupla está de regresso ao Porta-Jazz ao Relento, que decorre entre 10 e 13 de julho, apresentando os novos protagonistas do jazz portuense.

Com entrada gratuita, esta 14.ª edição oferece quatro noites consecutivas de música ao vivo, criatividade e improvisação nos Jardins do Palácio de Cristal. Desde 2012, o festival tem sido uma referência no Porto, promovendo projetos originais e colaborações entre músicos nacionais e internacionais, graças à parceria entre a Associação Porta-Jazz e a Câmara Municipal.

A programação deste ano destaca os lançamentos mais recentes do Carimbo Porta-Jazz, editora dedicada a propostas inovadoras dentro deste género musical. Cada noite é dedicada à apresentação de um novo disco, com concertos sempre às 22 horas.

O Fragoso Quinteto —Composto por João Fragoso no contrabaixo, Albert Cirera no saxofone, João Almeida no trompete, João Carreiro na guitarra e Miguel Rodrigues na bateria, — irá tocar o “Canta Derrocada” a 10 de julho, explorando “o diálogo musical entre contrabaixo, saxofone, trompete, guitarra e bateria”.

Já o guitarrista AP promete “um exercício de liberdade e expressão” a 11 de julho, dia em que irá apresentar “Lado Umbilical”, acompanhado pelos músicos João Pedro Brandão (flauta transversal), Gil Silva (saxofone tenor, soprano e flauta transversal), Miguel Meirinhos (piano) e Gonçalo Ribeiro (bateria). Juntos, criam “uma atmosfera sonora onde o equilíbrio entre racionalismo lírico e autodeterminação musical desafia os limites tradicionais do jazz”.

O baterista Miguel Rodrigues assume o protagonismo no terceiro dia, 12 de julho, com o lançamento do álbum “Antídoto”. O trabalho explora o diálogo musical entre o baterista e José Soares (saxofone-alto), André Matos (guitarra) e Demian Cabaud (contrabaixo), baseado na improvisação.

 “O Porta-Jazz ao Relento é um dos momentos altos da agenda de verão na cidade. A parceria com a Câmara Municipal existe desde a primeira temporada, e a nossa missão mantém-se: apresentar projetos originais que espelhem a vitalidade do movimento de músicos de jazz portuenses, em colaborações com pares nacionais e internacionais”, salienta João Pedro Brandão, fundador da Associação Porta-Jazz.

O encerramento, a 13 de julho, ficará a cargo do duo Gonçalo Marques (trompete) e Demian Cabaud (contrabaixo) com “Wabi-sabi”, contando ainda com Marcos Cavaleiro e o saxofonista nova-iorquino John O’Gallagher, uma referência internacional no universo do género. 

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