Depois de ter sido anunciada a programação de março e abril, que revela uma forte aposta na liberdade, influenciada pelas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o Batalha Centro de Cinema divulgou as restantes obras que vão estar em exibição nos próximos dois meses. O próximo ciclo da entidade cultural portuense envolve a exibição de “Vie privée” no próximo sábado, 23 de março, pelas 19h15. O filme de Louis Mille, protagonizado por Brigitte Bardot e Marcello Mastroianni volta a estar no cartaz de dia 27 de março, quarta-feira, pelas 15h15.
Em abril, o foco do Batalha vai para a obra de Sara Gómez, a primeira cineasta cubana a fazer uma longa-metragem e a única cineasta mulher (e negra, e feminista) com atividade no Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica, criado após a revolução.
Serão ainda exibidas as curtas-metragens “Una isla para Miguel” e “De cierta manera” a 11 de abril. E ainda no âmbito do programa de Seleção Nacional, o Batalha continua a Constelação #4: Lagutrop, dedicada ao cinema português de ficção científica, fantástico ou centrado em temas distópicos. Sempre às quartas-feiras às 19h15.
O 50.º aniversário do 25 de Abril será celebrado com uma sessão especial intitulada “O Cinema Unido Jamais será Vencido”, com entrada gratuita, mediante levantamento de bilhete. Por sua vez, o Cineclube do Porto dará continuidade à programação que recorda a Semana do Cinema Europeu, organizada durante a década de 90. Esta mostra de cinema compreendia a apresentação de obras de realizadores em estreia ou cujos filmes não tiveram, na altura, grande circulação nas salas de cinema nacionais. Sempre aos domingos, pelas 11h15.
Ainda em destaque está a exposição ”Na Faina do Argaço”. Entre a fotografia, vídeo e a instalação, a prática artística da portuense tem-se desenvolvido sobre alguns dos desafios mais frequentes nos dias que hoje correm: o impacto dos avanços tecnológicos nas pessoas e no planeta.
Mariana Vilanova exibe no Foyer 1 e na Sala-Filme, ”Na Faina do Argaço”, uma exposição que procura ligações entre rituais ancestrais, como a apanha do sargaço, imprescindível pelas suas propriedades terapêuticas e fertilizantes e os novos desenvolvimentos tecnológicos, mostrando que a leitura do passado é intrínseca à evolução atual.
A mostra abre oficialmente este fim de semana e tem ainda a apresentação de um filme homónimo, com entrada gratuita. Poderá visitar a exposição até dia 19 de maio, destacando ainda uma visita guiada com a artista para o dia 27 de abril, às 16 horas. As estações de metro de São Bento e do Bolhão ficam próximas do Batalha Centro do Cinema.