Foi com apenas dez anos que Diamanté Anthony Blackmon chegou aos Estados Unidos, vindo da Guatemala, sem sequer falar bem inglês. Agora, aos 33, sob o pseudónimo Gordo, percorre o mundo a fazer aquilo que mais gosta: levar os ritmos imprevisíveis e festivos da música eletrónica a grandes cidades. Depois de Chicago, Lima, Londres, Nova Iorque, Orlando, São Paulo, São Francisco e Tulum chegou, finalmente, a vez de agitar uma região portuguesa: o Porto.
A festa Taraka chega no domingo de Páscoa, 31 de março, ao Coliseu Porto Ageas e promete juntar o melhor de dois mundos: a música latina e a dança. Das 16 horas às 2 da manhã, seja com a família após o almoço a celebrar a data especial, com os amigos ou até mesmo sozinho, vai poder passar o dia mais monótono da semana de uma forma fora do comum.
“Os eventos Taraka têm vindo a percorrer mundo com enorme sucesso, principalmente nas Américas”, garante Nuno Branco, responsável pela comunicação do evento. “No início deste ano, apresentaram-se em estreia no Festival BPM Costa Rica e os ecos chegaram a este lado do Atlântico. Pensámos então que esta seria a hora certa de o Porto receber o espírito destas festas — e nada melhor para isso do que um espaço emblemático da cidade como o Coliseu do Porto para o acolher”.
Tendo estabelecido o seu nome entre os fãs da música eletrónica, Diamanté solidificou o pseudónimo Gordo em 2022, com três produções no último álbum do rapper Drake, “Honestly Nevermind”. Hoje em dia, é um artista reconhecido em várias vertentes deste universo. Anteriormente conhecido como Carnage, dedicou-se a preencher a lacuna entre a música latina e a house music e consolidou-se como um dos principais pioneiros desse crossover. Aliás, já foi mesmo coroado pela “DJ Mag” como o DJ hispânico número um do mundo (21.º no ranking geral), e conquistou o título de “N.º 1 — Hot 100 Producers” na lista da Bilboard.
Sendo o curador do evento, Gordo é o responsável pelos convites endereçados aos artistas internacionais que compõe o cartaz, como Wade. Neste caso, desde muito jovem que Juan Carlos Cruz se apaixonou pelos mais diversos ritmos. E não apenas os eletrónicos, mas qualquer um que tivesse harmonia. O andaluz cresceu num bairro humilde, onde tinha maior contacto com o flamenco e o Drum’n Bass. Porém, só em 2009, quando tinha 18 anos e começou a frequentar festas pela Europa, é que conheceu a música de dança.
Por outro lado, o colombiano Harvy Valencia, que se lançou no mundo da música eletrónica aos 17 anos, vai trazer o melhor do tech, minimalista e deep house para a pista de dança. Por fim, mas não menos importante, o público deverá ir à loucura com a israelita Noya, que combina a disco dos anos 80 e o acid house.
Além dos astros internacionais, a nova grande festa do Porto vai contar também com espetáculos pensados em português. “Coube-nos complementar o cartaz com uma série de artistas nacionais que julgamos se encaixarem na perfeição entre estes pesos pesados da música de dança”, avança.
O DJ e produtor Cuba Libre, natural do Porto, vai trazer o melhor da música house com hits que não vão deixar ninguém com os pés no chão, bem como Klin Klop, alter ego da produtora, compositora e designer portuguesa Inês Meira.
Outro dos bons exemplos nacionais são os Whitenoise: o composto por Pedro Gonzaga e Luís Rocha tem-se revelado um dos mais entusiasmantes projetos música eletrónica no País. O mesmo acontece com a originalidade de Miguel Rendeiro, que se dedica a todas as etnias e traz no seu som singular uma mistura entre funk, house, deep house elektro e minimalista.
“Esperamos um Coliseu do Porto completamente lotado e em clima de festa, não fosse este um dos eventos internacionais mais empolgantes da atual cena house, abarcando também as suas vertentes latinas e techno”, frisa o responsável.
Os bilhetes para a Taraka já estão disponíveis, com preços a partir dos 40€, para a plateia em pé ou lugares sem marcação na Tribuna; ou dos 50€, para o camarote.