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O segredo para uma pele jovem está neste legume que passa muitas vezes despercebido

Certamente já passou por ele no supermercado e nem reparou. É primo da cenoura, tem inúmeros benefícios e é pouco calórico.

Com a inflação e as constantes oscilações nos preços dos alimentos é natural prestar ainda mais atenção quando vai às compras. Esta precaução pode trazer algumas surpresas — e não estamos a falar da conta. Numa dessas idas ao supermercado, talvez tenha reparado num legume com um aspeto semelhante à cenoura, mas não investigou do que tratava. A cherovia não é laranja, mas branca. Porém, as duas raízes são, de facto, muito semelhantes. Em termos mais prosaicos: se fossem parentes seriam primas.

Cherovia, chirivia, pastinaca ou pastinaga. Para muitos pode até parecer estranho ou até ser uma novidade, mas este legume começou a ser cultivado no século XV, na região da chamada Eurásia. Antes da chegada da batata à Europa — trazida pelos espanhóis no século XVI — a castanha, a bolota e cherovia ocupavam o lugar do tubérculo sul-americano que agora é consumido em todo o mundo.

A raiz branca é cultivada em Portugal, na zona da Beira Interior, pelo menos desde 1838 e tem um sabor levemente “adocicado”, descreve Lillian Barros. “O facto de ter o gosto mais doce não faz dela um alimento açucarado. Apresenta cerca de 3 a 4 gramas de açúcares naturais, ou seja, menos do que qualquer fruta”, salienta a nutricionista. E acrescenta: “Não há motivos para evitarmos ou excluirmos a cherovia da nossa alimentação —muito pelo contrário”.

A lista de benefícios desta raiz é extensa. Além de ter um baixo valor calórico — 100 gramas têm aproximadamente 55 calorias — é muito rica em vitamina C, ácido fólico, potássio e fibra. “Perante esta constituição nutricional, o seu consumo reflete-se em benefícios a nível do sistema imunitário e na produção de hemoglobina, que é essencial para a correta formação dos glóbulos vermelho e sistema nervoso“, explica.

Desempenha também um papel importante na formação de colagénio. “Este é uma proteína encontrada naturalmente nos tecidos corporais, que contribui para a resistência e elasticidade da pele, para a saúde dos cabelos e unhas, ossos, articulações e tendões”, disse Ana Silva Guerra, cirurgiã plástica, à NiT.

Segundo a nutricionista, têm ainda “algumas propriedades farmacológicas”, como anti-inflamatória, antiespasmódica, vasodilatadora, antifúngica, antimicrobiana e antidepressiva.

As cherovias.

Em comparação com a prima cenoura, a cherovia acaba por ser mais rica em vitaminas e sais minerais, sendo que se destaca essencialmente pela quantidade de potássio, fósforo, vitamina A e vitamina B.

De modo a manter uma dieta nutritiva e equilibrada, este legume é apenas uma das muitas opções que devem ser incluídas, regularmente, na alimentação. A batata, por exemplo, é útil para quem pretende eliminar o açúcar do sangue de forma natural e saudável. Já o alho-francês pode ser um importante aliado para os que desejam preservar uma aparência mais jovem e cuidada.

Caso o problema seja as digestões difíceis, aposte nas ervilhas. Se for o sono que lhe causa dores de cabeça, os kiwis e as cerejas talvez ajudem. O pêssego, por seu lado, é um importante cúmplice na luta contra a prisão de ventre.

A pastinaga ser utilizada em sopas, sobremesas, acompanhamento no prato principal ou até substitutos da batata. A forma de cozinhar varia: a pastinaca pode ser cozida, assada e estufada. Se for mais fácil basta pensar que tas formas de cozinhar batata-doce podem ser aplicadas também à cherovia. Pode ser utilizada para sopas, purés e salteados, cortada e frita (como é mais tradicional na região da Beira Interior), ou na confeção de doces, graças aos seus açúcares naturais.

Carregue na galeria para ficar a conhecer algumas receitas em que pode trocar a batata-doce por esta raiz.

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