Quando Romy Temime chegou ao Porto, ainda não sabia que estava prestes a transformar a sua vida — e a de muitos outros. A francesa de 22 anos começou por estudar audiologia em Madrid, mas rapidamente percebeu que aquela não era a sua vocação. “Era uma área estável, com saídas profissionais, mas sentia-me desligada. Não via propósito no que fazia”, confessa.
A sensação de desconexão levou-a a atravessar o Atlântico, até aos Estados Unidos, onde trabalhou como au pair durante dois anos. “Ir para Nova Iorque foi uma espécie de renascimento. Aprendi inglês, conheci pessoas de todo o mundo e, mais importante, percebi que queria ser empreendedora. Ainda não sabia exatamente em que área, mas a semente estava plantada”, acrescenta.
O projeto do estúdio começou a ser delineado nas suas visitas frequentes ao Porto, onde vários amigos viviam. “Esta cidade tem uma energia muito especial. Sempre que vinha cá, sentia-me em casa. Durante essas visitas, percebi que faltavam espaços modernos e acolhedores para a prática de Pilates, como os que existem em Paris”, conta. Decidiu preencher essa lacuna com o Romy Studio, com um conceito que junta “movimento, bem-estar e comunidade”.
Aberto desde 19 de maio, o estúdio fica a cinco minutos das principais universidades do Porto, numa zona dinâmica, com muitos estudantes e profissionais de áreas criativas. A escolha do local não foi aleatória. “Queria um bairro vivo, mas onde pudesse abrir um diferente. Quando aqui entrei soube logo que seria aqui”, conta.
Além da vontade de consolidar a sua marca pessoal, a escolha do nome próprio para o negócio, reflete o desejo de criar algo íntimo, que fosse uma extensão da sua própria visão de bem-estar. O Romy Studio não é apenas um estúdio de Pilates, explica. É um espaço pensado para ser vivido: com aulas de Reformer Pilates em pequenos grupos e uma coffee shop onde se serve matcha, café de especialidade, sumos naturais e outras opções saudáveis. “Queria que as pessoas pudessem vir treinar, mas também ficar, conversar, trabalhar ou simplesmente relaxar a tomar uma bebida reconfortante”, diz.
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A decoração foi pensada para que o espaço refletisse cuidado, presença e simplicidade. A premissa resultou numa atmosfera serena e minimalista, onde predominam os tons creme. Já as paredes do café estão pintadas de bordô, uma cor acolhedora que remete para a ideia de conforto.
O protagonista do espaço, o Pilates, é também uma modalidade espacial, defende Romy. “É muito mais do que exercício físico. É uma prática que nos ensina a respirar, a alinhar o corpo e a mente. Melhora a postura, aumenta a flexibilidade e, acima de tudo, a consciência”, sublinha. A francesa aposta na versão Reformer, um equipamento projetado para oferecer resistência ajustável, cujos benefícios são reconhecidos: fortalece os músculos profundos, protege as articulações, reduz o stress e melhora a concentração.
Romy sublinha que o seu estúdio oferece tudo isto, num ambiente seguro e acessível. “Sei que o Pilates é muitas vezes visto como elitista, por isso, fiz questão de criar uma estrutura de preços justa: uma aula individual custa 25€, mas temos packs progressivos e mensalidades para que a prática se torne mais consistente.”
O pacote de três sessões custa 70€ e o de cinco 110€, ambas com validade de duas semanas. Há ainda packs de dez ou 20 aulas, por 180€ e 340€, respetivamente, com validade de três e seis meses. Relativamente à subscrição, é possível optar entre quatro, oito ou 12 aulas por mês, por uma mensalidade de 80€, 155€ e 215€, respetivamente. Quem quiser experimentar uma aula e depois beber um café pode adquirir um passe especial por 20€. E, se desejar, pode comprar as meias oficiais do estúdio, por 15€.
As aulas, sempre adpatadas às necessidades e condições físicas dos participantes, são dirigidas pela própria Romy, que antes de abrir o estúdio realizou formações especializadas em Reformer Pilates. “Cada sessão é uma oportunidade para as pessoas progredirem ao seu próprio ritmo, fortalecerem o corpo, acalmarem a mente. Sempre com acompanhamento personalizado e profissional para apoiar esse processo de transformação”, afirma.
As aulas decorrem diariamente, entre as 10 e as 17 horas, começam sempre há hora certa, exceto fins de semana e feriados.
A coffee shopm por sua vez, é uma extensão do estúdio — depois do esforço, bem o conforto. O matcha, uma das bebidas estrela do espaço, foi escolhido não só pela tendência, mas pelos seus benefícios. “É rico em antioxidantes, dá energia sem causar ansiedade como o café, melhora o foco e ainda ajuda a reforçar o sistema imunitário”, explica Romy. Além do chá, há cafés artesanais de torrefações portuguesas, sumos naturais e bebidas vegetais, com preços entre os 1,50€ e os 6€, sendo o consumo médio em torno dos 5€.
Mais do que um espaço de treino, o Romy Studio pretende ser um ponto de encontro. “Cresci numa casa onde havia sempre gente, música, partilhas. Em Paris, os meus pais chamavam-lhe ‘a casa da felicidade’. Quis trazer esse espírito para o estúdio: que cada pessoa que entre se sinta em casa”, admite.
E isso sente-se na forma como a empreendedora se relaciona com os clientes, que conhece pelos nomes e de quem sabe as histórias. “O melhor do meu dia é quando alguém me diz que saiu da aula mais leve, mais forte, ou simplesmente em paz. Isso é que considero verdadeiramente valioso.” “Aqui, convidamos as pessoas a parar, respirar e reconectar-se. Não só com o corpo, mas com aquilo que são”, finaliza.
Pode consultar os packs disponíveis bem como marcar o horário pretendido para as sessões online.
Carregue na galeria para ver mais imagens do novo estúdio de Pilates do porto, perto da estação de metro Polo Universitário