A Metro do Porto está a preparar a construção de dois novos parques de estacionamento, que serão integrados na futura Linha Rubi, que ligará a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia. A informação foi avançada pela empresa esta quarta-feira, 27 de novembro, citado aqui pelo “Jornal de Notícias”. De acordo com a mesma publicação, as infraestruturas vão estar inseridas nas estações do Campo Alegre, no lado do Porto, e na estação Rotunda, em Vila Nova de Gaia.
Estes dois novos estacionamentos vão ter, pelo menos, 600 lugares. O parque em Campo Alegre terá capacidade para 200 veículos, aproximadamente. Já o da Rotunda poderá ultrapassar os 400 lugares. Atualmente, a rede Park & Ride conta com 32 parques, dos quais apenas dois são tarifados. No entanto, a Metro do Porto não definiu se os novos espaços terão tarifas associadas.
Os parques existentes servem 40 por cento das estações da rede e até à data, disponibilizam mais de três mil lugares. Durante os dias úteis, a taxa média de ocupação é de 60 por cento. Nos parques tarifados — Botica e Estádio do Dragão —, as taxas são mais baixas, entre os 11 e 32 por cento, respetivamente.
O sistema Park & Ride é simples. Os utilizadores estacionam nos parques integrados na redes e utilizam o título de transporte Andante para viajar de metro. Para quem usa o serviço regularmente, existe a alternativa de uma assinatura mensal associada ao passe, por 17€. Já para usos pontuais, a tarifa é calculada em intervalos de 15 minutos, com máximos diários de 1,50€ no Dragão, e 3,50€ na Botica.
Quais são as perspetivas futuras com a Linha Rubi (Linha H)?
Com as obras da nova linha da Metro do Porto, o parque do Campo Alegre, anteriormente usado como estaleiro, será transformado numa infraestrutura subterrânea moderna. Já em Vila Nova de Gaia, o parque junto ao Hospital Santos Silva voltou a operar após as obras de extensão da Linha Amarela (Linha D).
A aposta em novas infraestruturas e na integração com os transportes públicos reflete o compromisso da Metro do Porto e de outras entidades com a sustentabilidade e a melhoria da mobilidade urbana. Aquando a apresentação do projeto da Linha Rubi, a entidade conta reduzir, pelo menos, 15 por cento do trânsito da Ponte da Arrábida, entre Porto e Gaia.
Com esta nova linha, a ideia é adicionar à rede, pelo menos, 12 milhões de clientes, bem como redirecionar mais de três milhões para outros modos, como o comboio, dada a proximidade às Devesas e ao cruzamento com a Linha Amarela, que liga Vila D’Este, em Gaia, ao Hospital São João, no Porto.
Prevê-se que a empreitada esteja concluída até ao final de 2026. A Linha Rubi contará com oito estações, seis das quais em Gaia: Santo Ovídeo, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Central e Arrábida. Já no Porto, as estações serão Campo Alegre e Casa da Música.
Ao todo, o investimento global da Linha Rubi, incluindo a nova ponte sobre o rio Douro a ligar ambos os lados, será de 435 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência. Devido às obras, encontra-se condicionado o trânsito na Via Panorâmica, no Porto, e na Rotunda Engenheiro Edgar Cardoso, em Gaia.