na cidade

É assim que o Porto fica à noite visto da sua torre mais famosa

Está de volta o Clérigos by Night e a New in Porto foi conhecer melhor esta experiência.
Faz sucesso nas fotografias.

A Torre dos Clérigos é um dos monumentos mais conhecidos e visitados do Porto, não há como negá-lo. Está incluída nos planos de quase todos os turistas que visitam a cidade e pode ser identificada a vários quilómetros de distância.

Do alto dos seus mais de 75 metros de altura é possível ter uma visão a 360 graus do Porto e até — se a neblina tão típica da cidade não atrapalhar — outros pontos mais distantes como Vila Nova de Gaia, do outro lado do rio Douro. Construída no século XVIII por Nicolau Nasoni, continua a ser imponente e a atrair os olhares de quem por ali passa.

Como acontece desde 2015, está de volta o Clérigos by Night, um programa especial que permite a visita à torre fora do horário habitual. Assim, desde 1 de julho — e até 16 de outubro — é possível conhecer o monumento entre as 19 e as 23 horas. Neste horário não é possível ir ao museu, mas a experiência é diferente daquela que se pode ter durante o dia.

“Sentíamos que quando os turistas chegavam ao Porto, a partir das 18 horas não tinham qualquer atração cultural aberta e disponível para os receber. Era uma lacuna que detetámos. Os turistas a partir dessa hora ou iam para os bares ou para os hotéis ou depois jantar”, começa por explicar à New in Porto o diretor executivo da Torre dos Clérigos, António Tavares, acrescentando: “Encontrámos neste nicho o espaço para um programa de diferenciação daquele que é o monumento ícone da cidade e até hoje tem sido um sucesso”.

A verdade é que só desde o início de julho deste ano já receberam mais de quatro mil visitantes. O movimento nota-se mesmo na porta e há um horário mais cobiçado: o pôr do sol. Há turistas que perguntam especificamente a que horas será o pôr do sol em cada dia e que apontam a subida para esse horário, com o objetivo de capturar as melhores imagens do topo da torre.

Ainda com alguns cuidados devido à pandemia, as subidas fazem-se em grupos de cerca de 35 pessoas para tentar evitar grandes ajuntamentos. Ainda assim, nem sempre é possível controlar essa questão, uma vez que o local mais apetecido da torre é também aquele onde os visitantes ficam mais tempo.

Regressando à experiência da visita noturna ao monumento, esta é feita de forma livre à medida de cada pessoa. Cada um toma o seu tempo e vai ao seu ritmo, sem pressas e respirando sempre que necessário, até porque vai precisar de fôlego para subir os mais de 225 degraus da torre.

Para as pessoas com mobilidade reduzida há um acesso através de elevador que, embora não consiga levá-las ao cimo do edifício, transporta até ao quarto andar, onde há um espaço preparado para o efeito. Aqui é possível ter uma experiência adaptada, com ecrãs colocados a 360 graus com imagens em tempo real da vista do cimo da torre. Pode não ser exatamente como ir lá ao topo, mas será muito parecido.

A partir daí, quem puder fazer a subida vai ser surpreendido a cada lanço de escadas. Por muito que os pulmões se queixem do exercício extra e os músculos das pernas possam notar algum cansaço, o esforço vai sendo recompensado com as vistas de pequenas janelas ou aberturas que acompanham a subida.

Pelo meio é possível ver o carrilhão, que diariamente toca em diferentes momentos do dia e que com frequência recebe concertos especiais que encantam quem por ali passa, especialmente na altura do Natal. A subida continua e leva-nos até ao primeiro patamar, onde é possível sair ao exterior e ver a cidade de outra perspetiva. Apesar de não ser o eleito do público, tem umas vistas muito parecidas com aquelas que oferece o cimo da torre.

Alguns lanços de escada depois chega o tão aguardado momento de estar no topo deste imponente monumento. É aí que mais turistas se acotovelam em busca da fotografia perfeita, idealmente tirada do lado do rio e com o pôr do sol como pano de fundo. Outros vão aproveitando para tentar identificar os edifícios que se apresentam à sua frente, maioritariamente numa escala à qual não estamos habituados a olhar. Há ainda quem se fixe na informação disponibilizada, que compara o tamanho da Torre dos Clérigos com outras mundialmente conhecidas, como é o caso da Torre Eiffel.

Depois de tomar o seu tempo para valorizar os degraus que subiu e ver com atenção as vistas que a cidade oferece, é tempo de apontar rumo à saída. A descida é naturalmente mais fácil e rápida. Já não custa tanto a nível físico e também não existe a preocupação de querer registar todos os momentos. Vale a experiência diferente, que pode ser vivida nesta altura do ano mas também noutras mais pontuais como a Semana Santa, o Natal ou até — em casos especiais — no Dia dos Namorados.

O bilhete para o Clérigos by Night custa 5€ e os miúdos até aos dez anos não pagam, mas precisam de reservar igualmente a entrada. A última visita neste período começa às 22h30. A edição deste ano conta ainda com outro atrativo, o Spiritus, um espetáculo de video mapping que acontece diariamente entre as 18 horas e as 21h45 na Igreja dos Clérigos.

De seguida carregue na galeria para ver algumas das vistas da Torre dos Clérigos.

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