O “paraíso na terra” existe e quem não o conhece é porque ainda não fez uma visita à Aldeia da Margarida. Situada em Cinfães do Douro, muito próximo dos Passadiços do Paiva e da Ponte 516 Arouca, o empreendimento de turismo rural convida a desacelerar, regressar às origens e recuperar energias num ambiente imerso na natureza.
Fundado em 2021, nasceu do desejo comum de uma dupla de pai e filha: regressar às origens. Pedro Bernardes tinha 45 anos e era gestor de uma empresa de cosmética e tinha prometido a filha, na altura com dez anos, que iria construir uma aldeia para ela. “Os amigos da minha filha Margarida (que acabaria por dar nome ao alojamento) diziam-lhe que iam passar o fim de semana na aldeia. Ela chegava sempre triste a casa e queixava-se que não tinha uma. Na altura, prometi-lhe que um dia teria uma aldeia para ela”, recorda.
“Naquele momento eu também desejava voltar às raízes, à pequena aldeia dos meus avós, Tarouquela, não muito longe de Castelo de Paiva. Tinha saudades daqueles dias passados nos verões quando cresci”, conta. Junto às margem do Rio Paiva, em Cinfães, encontrou um terreno com cerca de seis mil metros quadrados e três casas de pedra. Reabilitou o espaço e construiu “uma pequena aldeia dentro de uma aldeia”, com oito alojamentos com quartos duplos, suítes e um T0, bem como um restaurante. Para receber o verão de 2025, Pedro e a filha, agora com 49 e 14 anos, respetivamente, ampliaram a oferta de acomodações, infraestruturas e experiências, reforçando ainda a aposta na sustentabilidade.
O alojamento conta agora com nove suítes, duas piscinas, uma sala polivalente para programas de retiros, reuniões empresariais, eventos e atividades indoor. Quanto à sustentabilidade, esta pequena aldeia conta agora com capacidade de produção de eletricidade através de panéis fotovoltaicos, de 20 quilowatts, que produzem uma boa parte da energia consumida no turismo rural e um posto de carregamento de viaturas elétricas, gratuito para hóspedes.
As suítes do espaço tem nomes de flores e plantas e o quarto Tangerina soma-se às acomodações disponíveis — todas com uma decoração minimalista que combina de forma harmoniosa o meio ambiente, bem como pelo seu nome em homenagem à natureza. As suítes acomodam até cinco pessoas, em espaços que vão dos 20 aos 40 metros quadrados e estão distribuídas por vários edifícios para “garantir a privacidade dos hóspedes”. Todas estão equipadas com ar condicionado, televisão, internet, minibar, entre outras comodidades para “uma estadia luxuosa”.
Nos dias mais quentes do verão, que pedem por mais mergulhos refrescantes, os hóspedes das suítes já existentes Lantana, Camélia e Orquídea, usufruem agora de uma piscina nova e exclusiva. Tem cerca de 120 metros quadrados e “oferece momentos de relaxamento, diversão e contemplação da exuberante natureza circundante”.
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O verão também convida a experiências fora da água e a Aldeia da Margarida proporciona diversos espaços que convidam a contemplar e explorar a natureza. Há camas de rede numa pequena área de bosque onde pode relaxar e ouvir o som da água que ali passa e que alimenta um pequeno lago com peixes de várias cores. Pode ainda fazer um piquenique na mesma zona e conhecer as mais de 400 árvores de frutos, bem como a horta biológica do espaço.
Esta pequena aldeia conta ainda com uma área para os miúdos brincarem, que dá ainda acesso a uma pequena quinta onde podem conhecer galinhas, póneis ou cabrinhas anãs. Ainda na sexta-feira passada, 30 de maio, o alojamento inaugurou uma sala polivalente. “A natureza é inspiradora e benéfica, por isso, decidimos apostar num espaço multifacetado para reuniões, eventos e atividades indoor, pensada para acolher grupos em qualquer contexto, seja para um retiro ou eventos corporativos.”
É um espaço que vem dar resposta a quem procura “um ambiente protegido, confortável e funcional para momentos que exigem foco, introspeção ou trabalho colaborativo, sem abdicar do charme natural do Douro”, uma necessidade crescente, explica o responsável.
Numa primeira fase, o espaço é ideal e convida a “conectar com o interior de cada um em harmonia com a natureza” — por cá pode fazer ioga, meditação ou desenvolvimento pessoal, sempre de forma guiada ou individual. De forma complementar a este novo espaço, a zona exterior com o som da fonte natural, as muitas árvores, o amplo espaço verde, as margens do rio Douro, convidam a exercícios onde corpo e espírito se alinham com as paisagens.
Por outro lado, a sala presta-se para reuniões, sessões de team building indoor, workshops e formações. Da mesma forma, na zona exterior podem ser realizados exercícios práticos para descontrair e promover o trabalho em equipa.
Esta pequena aldeia dispõe ainda de um restaurante exclusivo para os hóspedes — com inspiração na gastronomia tradicional portuguesa e confecionadas com produtos da época. Uma posta de vitela arouquesa ou polvo à Lagareiro são algumas das propostas. Além dos pequeno-almoços completos, incluídos na estadia, o restaurante serve refeições ligeiras durante todo o dia e o jantar é servido à carta mediante reserva antecipada.
O espaço rural disponibiliza ainda diversas experiências, quer em nome próprio, quer em colaboração com vários parceiros. Pode fazer um piquenique, passeios de barco no Douro, jipe ou BTT, trilhos, visitas a vinhas e adegas típicas da região demarcada do vinho verde, percursos pedestres, kayake e paddle. As reservas podem ser feitas online, com preços a partir dos 125€ por noite.
Como lá chegar
Do centro do Porto, siga pelo IC23 e continue pela A43 em direção Viseu. Após aproxidamente 58 quilómetros, deverá tomar a saída em direção à CM1013 durante pouco mais de um quilómetro. Depois, terá chegado a Aldeia da Margarida.
Carregue na galeria para ver mais imagens do turismo rural Aldeia da Margarida, em Cinfães do Douro, a uma hora do Porto.
