Já todos sabemos que a pandemia trouxe constrangimentos a vários negócios, o que acabou por prejudicar muitas pessoas. Noutros casos, porém, trouxe oportunidades preciosas que foram aproveitadas para bons fins.
Um desses casos é o do PortoBay Teatro Hotel, que decidiu aproveitar os confinamentos para fazer algumas obras há muito adiadas. Assim, reabriu as portas em agosto, depois de estar encerrado desde março de 2020. A ideia era fazer algumas renovações — que também sofreram atrasos naturais desta época —, mas muitos dizem que quase parece um hotel novo.
“Já tínhamos em mente mudar quando se comprou o projeto, mas sentíamos essa necessidade de o hotel ter mais claridade e maior abertura para o exterior”, diz à New in Porto a diretora do hotel, Ana Teresa Matos.
A obra, projetada pelo atelier da arquiteta Catarina Cabral, teve um custo de 1,4 milhões de euros. À primeira vista, o que se nota logo é que todo o hotel ficou mais claro. O aspeto escuro e pouco luminoso que tinha antes foi substituído por paredes e decorações em tons mais claros, zonas com mais luz e a eliminação das várias cortinas que separavam diferentes espaços do hotel e que foram retiradas até por questões de facilidade na hora da higienização.
Algumas das alterações nos seus 74 quartos foram feitas seguindo essas mesmas linhas, com destaque para uma decoração mais clara e moderna. Por outro lado, foram atendidas algumas das sugestões dos hóspedes como uma melhor iluminação nos quartos e casas de banho ou um reforço no número de tomadas elétricas disponíveis nos quartos.
“Nos quartos clareámos tudo, com o mínimo de informação possível. O que queremos é que o cliente, quando suba aos quartos, comece a relaxar”, refere a diretora. Apesar de todas as alterações, há detalhes que ainda se mantiveram, como os candeeiros em forma de holofote de palco nos corredores, que remetem para a ideia de teatro — como o Sá da Bandeira, ali mesmo ao lado.
Um novo restaurante
Outra das grandes diferenças desta renovação — e que até é visível do lado de fora do edifício — é o restaurante Il Basílico. Este italiano puro segue as linhas dos seus semelhantes da Madeira e de Lisboa e veio trazer algo de diferente ao quatro estrelas portuense.
Salta logo à vista o facto de ter uma entrada independente, que pode ser acedida tanto através do hotel como diretamente pelo exterior. Esta é uma forma de convidar toda a cidade e não só os hóspedes a provar os seus petiscos.
À entrada há logo um espaço de bar para beber um copo a qualquer momento, quer vá ou não seguir com a refeição. Depois, surge a sala principal do restaurante, que é apelativa aos olhos mesmo antes de o cheirinho da comida chegar até nós.
Em tons claros de madeira como o resto do hotel, tem uma grande clarabóia que traz luz natural à maior parte da sala, ficando a outra num ambiente um pouco mais intimista. A decoração divide-se entre os elementos italianos e alguns materiais mais naturais, sem esquecer as plantas e pequenas árvores que nos dão a sensação de estar num verdadeiro jardim.
Mas então o que podemos esperar? Comida italiana. Realmente típica e sem a tentativa de aproximar ao gosto português.
“Queremos ser um restaurante italiano cem por cento italiano, não queremos ter aqui derivações de um bacalhau ou um bitoque só porque estamos em Portugal. Não, aqui a nossa carta é puramente italiana”, assegura o chef responsável pelo restaurante, Nuno Miguel.
Tudo é realmente pensado para ser o mais natural possível e o resultado é uma cozinha simples mas muito saborosa. Os ingredientes, em boa parte, são mesmo italianos e de zonas certificadas. Depois — e apesar de grande parte da carta ser semelhante com os outros Il Basílico do grupo —, há sempre um toque pessoal do chef local.
Entre as delícias que pode provar estão a bruschetta com tomate, alho e manjericão (4,50€); o carpaccio de polvo (13,50€); a vongole e cozze a la marinara (13,25€); a lasanha clássica (14,50€); a spaghetti alla carbonara (14€); a paccheri recheada de bolonhesa com espinafres, bechamel e parmesão (14€); o risotto com camarão selvagem (18€) ou a bochecha de porco preto com gnocchi recheados (18,50€).
Claro que não ficam de fora desta lista as pizzas feitas em forno de lenha. Uma das mais vendidas é a covaccino (14,50€), que leva cogumelos, rúcula, parmesão, mozzarella de búfala e presunto de parma, mas tem mais sete opções para provar, incluindo uma vegetariana.
E já sabe que não pode ir embora sem provar as sobremesas, até porque vai ser difícil escolher a sua favorita. Entre as melhores estão o tiramisú (6€), a pannacotta arlecchino (6€) ou a tarte caprese com gelado de avelã (5€).
Carregue na galeria para ver alguns dos detalhes desta remodelação do PortoBay Teatro Hotel.