Não há dúvida alguma que se não forem feitas mudanças, e ao ritmo que o aquecimento global avança, haverá consequências irreversíveis num futuro não muito distante. De acordo com uma nova análise, centenas de milhões de pessoas poderão estar a viver debaixo de uma maré alta já em 2100.
O estudo foi feito pela “Climate Central” e vem acompanhado por um mapa interativo onde nos mostra a atualidade de várias regiões, e como poderá ser daqui a menos de 80 anos com a subida da altura do mar.
Atualmente, as previsões mais catastróficas apontam para um aquecimento da Terra de 3,5 graus até 2100, e o mapa mostra-nos o impacto que isto terá em alguns dos monumentos e edifícios mais emblemáticos do mundo.
Em Portugal, usaram a Torre Galp, no Parque das Nações, como referência, onde podemos ver como está atualmente a região circundante, e como poderá estar num futuro próximo, com a água a elevar-se por cima de vários andares de prédios, e estando mesmo perto de se elevar por cima de alguns. A imagem dá-nos exemplos do impacto de um aumento de 1,1º, 1,5º, 2º, 3º e 4º na atmosfera.

O estudo destaca ainda as cidades com população superior a um milhão, que serão mais afetadas com estas alterações climáticas: Shanghai, na China — onde 96 por cento poderá estar a viver debaixo de água com um aumento de quatro graus — Haora na Índia e Hanoi no Vietname.
Falando no geral, o estudo revela que mais de mil milhões de pessoas (15 por cento da população) poderão ser afetada por esta subida de temperatura.
Se a subida do mar se mantiver constante àquela que vemos atualmente, acabará por afetar 5,3 por cento da população, ou seja, 360 milhões de pessoas. Se subir para dois graus, afetará o dobro da população (720 milhões de pessoas).
Nove dos dez países mais afetados situam-se no continente asiático. O estudo destaca especialmente os cidadão de Bangladesh e Vietname, onde metade destes poderão abaixo do nível marítimo daqui a 80 anos.
Carregue na galeria para ver a evolução da subida do mar em várias regiões do mundo.