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Já sabemos quais são os negócios que integram o programa “Porto de Tradição”

Um café, uma loja e uma associação são os mais recentes espaços cuja história e atividade merecem ser "salvaguardadas".
São projetos que contribuem para a vida do concelho.

O “Porto de Tradição” é um programa que procura reforçar o compromisso do Município em “salvaguardar o comércio local e tradicional”, através de um conjunto de medidas que visam proteger os estabelecimentos ou entidades de interesse histórico com ou sem fins lucrativos, que pela sua atividade e património material e imaterial constituam uma relevante referência cultural ou social para o concelho.

Nesse sentido, a Câmara do Porto partilhou na segunda-feira, 10 de março, depois de consulta pública, a aprovação de um café, uma loja de tapetes e uma associação recreativa como os mais recentes espaços cuja história e atividade foram, agora, reconhecidas pelo programa como tendo um relevante papel no plano cultural, de valorização do património histórico e das vivências tradicionais da cidade. 

O Café Ceuta, aberto desde 1953, distingue-se pelo projeto arquitetónico, recentemente restaurado, onde se destacam a brecha da Arrábida das paredes, a rocha ornamental calcária classificada como Pedra Património Mundial e os vitrais que “ilustram a partida do exército português para a tomada da praça de Ceuta, em 1415”, justifica o executivo para a atribuição do selo a este espaço.

“Para lá da gastronomia típica, a entrada no ‘Porto de Tradição’, faz-se, igualmente, devido às famosas tertúlias do Café Ceuta, local de encontro de políticos, artistas e intelectuais da cidade do Porto”, acrescenta. Por sua vez, a Supercasa, estabelecida em 1976 como “Supermercado das Alcatifas da Foz”, vê o seu reconhecimento refletido na atividade dedicada à venda de tapetes artesanais, onde se dirigiam as pessoas com maior poder de compra, de dentro e fora da cidade, à procura da “qualidade superior” daqueles produtos.

Atualmente, o espaço foca-se na venda de tapetes e tapeçarias de fabrico industrial, nacional e internacional, bem como de cortinados. Uma parcela do negócio é dedicada à venda de tapetes nacionais (Arraiolos e Beiriz) e orientais, de fabrico artesanal com certificação de origem. O facto da loja ainda ser gerida pela família do fundador contribuiu para a atribuição deste reconhecimento. A loja conta ainda com uma oficina para o restauro e a limpeza de tapeçarias.

Por fim, os Pauliteiros de Nevolgide vêm a sua tradição reconhecida. Criada na viragem da década de 20 para 30 do século XX, esta associação teve a sua origem nas tertúlias informais que o desenvolvimento da época ofereceu àquele lugar de veraneio com particular atividade de promoção das danças tradicionais mirandesas.

A associação distingue-se pelos trajes e por ser constituída maioritariamente por mulheres, que interpretaram as danças mais representativas da época, acrescentando outras fora do repertório. Nos últimos anos, a presença assídua no cortejo de fatos de papel de São Bartolomeu devolveu à associação a componente recreativa que a caracteriza, para além de “contribuir e dinamizar várias atividades de convívio social”.

Apesar dos comércios tradicionais merecerem uma visita obrigatória num passeio pela cidade, há novos spots que também celebram outras culturas no Porto. Carregue na galeria para descobri-los.

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