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Paredes de edifícios em obras ganham cor na Rua do Loureiro

Projeto Arte Pela Arte, do Grupo Lionesa, aposta em talentos da Faculdade de Belas Artes.
Todos os meses um novo trabalho.

Até ao final do mês pode ainda ver “Transformação”, de Rafael Alves, nas paredes de um dos edifícios da Rua do Loureiro. Integrada no projeto Arte Pela Arte, a intervenção artística é a primeira de um conjunto de cinco que poderão ser vistas até julho, uma por mês. O projeto resulta de uma parceria entre o Grupo Lionesa e a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP).

Depois de ter comprado alguns edifícios nesta rua histórica da cidade para criar um conjunto de espaços dedicados à arte, o Grupo Lionesa precisou de emparedar os edifícios por questões de segurança sanitária. Com isso, decidiram aproveitar para trazer mais movimento à rua, que atualmente perdeu algum do seu encanto.

“A rua tem vindo a sofrer um enorme esquecimento e está com uma vida menos positiva”, começa por explicar à New in Porto a diretora de Marca e Desenvolvimento de Negócio do Lionesa Group, Francisca Pedro Pinto, acrescentando: “Sentimos que ao fecharmos as portas cada vez mais isso ia perpetuar esta vida menos positiva que era o oposto do que queremos fazer, que é reabilitar a rua através da cultura “.

Assim, decidiram desafiar a FBAUP, através do curador Domingos Loureiro, de forma a criar alguma dinâmica artística para estes meses, enquanto não começam as obras. “O objetivo foi chamar pessoas à rua intervencionando o emparedamento com arte, ou seja, abrir e não fechar.”

O objetivo passa ainda por levar os portuenses e quem visita a cidade a passar pela rua, fotografar as obras de arte e, ao mesmo tempo, partilhá-las nas redes sociais. Esta será uma forma de não deixar a rua cair no esquecimento enquanto pode incentivar outros a fazerem o mesmo.

Quanto às obras, deverão começar depois do verão e terminar, prevê-se, no verão de 2025. “O que nós pretendemos é criar um bairro cultural, vamos ter uma série de experiências de visitação, todas elas serão uma ode à cultura portuguesa. O nosso ADN passa sempre pelo resgate do património material e imaterial e é nessa lógica que vão nascer ali os nossos projetos”, remata a responsável.

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