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O São João vai mesmo acontecer no Porto, mas sem concertos e fogo de artifício

A festa estará restringida a três zonas de diversões vigiadas. Conheça o plano da autarquia.
O martelinho não vai sair do armário

As habituais diversões foram sendo instaladas na Rotunda da Boavista ao longo da última semana, tal como acontecia em anos anteriores. Mas ainda antes de estarem prontas, foi erguido um gradeamento que obriga a que a entrada se faça por pequenas zonas de acesso controlado. Esta será uma das três “zonas de diversões” autorizadas pela Câmara do Porto a funcionar durante as festas da cidade, de 21 de maio a 30 de junho. Os festejos serão, porém, controlados.

Esta segunda-feira, 31 de maio, o presidente Rui Moreira confirmou que “São João haverá sempre”, apesar de se saber agora que também não haverá lugar ao tradicional fogo de artifício ou sequer concertos. “Aquilo que a Câmara permitiu, com o parecer das autoridades de saúde, foram três zonas de diversões, onde as pessoas podem ir em condições consideradas de total segurança por parte da DGS”, explicou o autarca.

Apesar de todas as precauções e de assumir a importância de algumas iniciativas, não só para a indústria dos divertimentos como para os portuenses, o presidente da autarquia não faz previsões sobre potenciais riscos.

“Não vai haver concertos na avenida, não vai haver fogo de artifício. Como é que as pessoas vão andar? Não faço ideia. E quando houver ajuntamentos? Se é a PSP que tem de intervir, que intervenha. Não me peçam para dizer o que vai suceder ou não. Lembro-me que no ano passado as pessoas ficaram basicamente em casa, acho que este ano vai haver mais pessoas na rua”, explicou Rui Moreira, citado pelo “Jornal de Notícias”.

Perante potenciais incumprimentos — que se observaram na cidade nos últimos dias, sobretudo por parte dos adeptos ingleses que vieram assistir à final da Liga dos Campeões — dos portuenses, Rui Moreira apressou-se a defender as autoridades policiais.

“Se amanhã todos os portuenses resolverem ir para a rua no São João, só num estado policial é que era possível impedi-los. A polícia não serve para isso. A ideia de que a polícia pode reprimir o comportamento generalizado dos cidadãos é uma visão fascista. Não tenho uma visão fascista. A polícia deve reprimir aquilo que são os comportamentos excecionais de cidadãos que não se conformam com a ordem. Não pode, naturalmente, reprimir se toda a gente vier para a rua.”

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